22/12/2022 às 10h43min - Atualizada em 22/12/2022 às 10h43min

Relações entre pessoas de gerações diferentes contribuem para uma sociedade mais saudável e livre de preconceitos

Geriatra comenta de que forma esses vínculos podem proporcionar novos saberes e experiências

Foto Ilustrativa/ Pixabay

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O conceito de gerações assume diferentes definições, seja por grupos de pessoas nascidas em um mesmo período, pela posição de cada membro de uma família ou devido às políticas públicas, definidas de acordo com as necessidades de cada idade.

 

Assim, a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex explica que a construção de relações entre pessoas de gerações distintas, independentemente de como essa diferenciação se caracterize, contribui para uma sociedade mais saudável.


Segundo a especialista, a intergeracionalidade também fortalece a ideia de um mundo com menos discriminações etárias, além de colaborar na luta contra o isolamento social e a solidão de indivíduos na terceira idade.




Atualmente, 14,7% da população brasileira é formada por idosos, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em números absolutos, são 31,23 milhões de pessoas, um aumento de 39,8% nos últimos nove anos. Dados que, de acordo com a Dra. Maria Carolyna reforçam a necessidade de cuidados especiais e mais convivência com a população idosa a fim de que haja maior interação entre os modos de viver a vida e se crie um entendimento das necessidades de cada grupo.


Um exemplo prático dos benefícios dessa troca entre as gerações foi observado há alguns anos, quando um projeto intergeracional holandês permitiu que estudantes morassem em instituições de longa permanência para idosos em troca de 30 horas por mês de trabalho dedicado a idosos institucionalizados.


 

A ideia surgiu não apenas de uma motivação econômica, mas também social, com o objetivo de lutar contra o isolamento social dessa parcela da população.”




Na vida real, a Dra. Maria Carolyna destaca as relações saudáveis entre avós, pais, filhos e netos como as mais presentes na sociedade. “Conforme os pais vão envelhecendo, os filhos, já adultos, se encontram na posição de ajudar durante a velhice, fase que naturalmente impõe mais restrições. Nesses casos, o encontro entre gerações é inevitável, mas sempre deve ser visto com alegria e afeto.”


Diante desse cenário, a intergeracionalidade tem se mostrado uma importante estratégia para a prevenção de violência e preconceitos, além de desfazer mitos e divergências entre indivíduos de todas as idades.


 

Vivemos em um mundo de constantes transformações e nesse processo as relações também se modificam, o que sempre irá demandar profundas reflexões e atividades que possam fortalecer as relações entre todos as pessoas”, comenta Dra. Maria Carolyna.


 


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