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21/03/2023 às 10h55min - Atualizada em 21/03/2023 às 10h55min

Pesquisa aponta que idosos socialmente isolados têm mais chances de desenvolver demência

Especialista comenta a importância da vida social na terceira idade

Foto Ilustrativa/ Rovena Rosa/ Arquivo Agência Brasil

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Um estudo da Universidade Johns Hopkins (EUA) publicado recentemente no Journal of the American Geriatrics Society relatou que pessoas socialmente isoladas enfrentam um risco 28% maior de desenvolver demência na terceira idade.


Segundo a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex, as relações sociais são importantes em todas as fases da vida, mas especialmente na velhice, quando esses aspectos influenciam diretamente no estado físico e mental do idoso.

 

“Envelhecer junto a qualquer tipo de relacionamento ajuda a evitar efeitos negativos na capacidade cognitiva, porém, infelizmente muitas pessoas precisam lidar com a depressão e a solidão na velhice, seja por consequência de uma vida solitária ou pela falta de laços familiares próximos. Assim, manter a interação não apenas com a família, mas também com vizinhos e amigos é essencial para evitar quadros de adoecimento psíquico e físico”, comenta a especialista.


A pesquisa ainda mostra que dos 5.022 residentes nos Estados Unidos analisados, 23% foram considerados socialmente isolados, mesmo que não vivessem em casas de repouso ou outras instituições.

 

O que demonstra como alguns indivíduos na terceira idade, independente do motivo, encontram-se distantes de interações sociais mesmo quando vivem em suas próprias residências e não em locais de atendimento ao idoso.”



O estudo durou nove anos, com todos os participantes periodicamente rastreados e submetidos a testes cognitivos. Cerca de 26% daqueles que estavam socialmente isolados desenvolveram demência, em comparação a 20% daqueles que não estavam.



Além de condições mentais, Arbex destaca como uma situação de solidão imposta a pessoas idosas pode acarretar diagnósticos de doenças cardíacas, obesidade e diversas outras consequências geralmente advindas do sedentarismo.

 

A manutenção de relações sociais frequentemente estimula os mais velhos a aderirem às práticas de atividades físicas em grupo. Por se tratar de uma fase com natural declínio físico, evitar hábitos sedentários não só aumenta a resistência a doenças, como atenua o processo de envelhecimento”.



Diante desse cenário, Dra. Maria Carolyna afirma que a vida social também é importante para evitar que os idosos se sintam sozinhos ou mesmo percam o interesse por atividades que antes eram agradáveis.

 

Boas relações de convívio garantem mais disposição e felicidade, além de aumentar a autoestima e contribuir para uma maior sensação de bem-estar. Lembrando ainda que o apoio de familiares e amigos durante essa fase é imprescindível para que a pessoa se sinta acolhida e especial.”

 


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