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15/06/2023 às 08h06min - Atualizada em 15/06/2023 às 08h06min

Combater a violência contra a pessoa idosa é dever de toda a sociedade

‘Algumas agressões podem ir além da crueldade física’, diz especialista

Foto: Marcelo Camargo por Agência Brasil

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Celebrado anualmente em 15 de junho, o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa reforça a importância em sensibilizar a sociedade sobre o tema.
 

No primeiro trimestre de 2023, de acordo com o painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o Brasil registrou um aumento de 97% no número de violações dos direitos das pessoas idosas.


Cenário que segundo a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex, reforça a importância em falar sobre o assunto, já que as agressões, muitas vezes, podem ir além das hostilidades físicas.

 


“É essencial que esse tema não só tenha mais visibilidade, mas que as pessoas sejam informadas sobre tudo aquilo que se caracteriza como violência, já que negligência, abandono, constrangimento, abuso financeiro e diversas outras atitudes também são consideradas formas de violência contra a população idosa”, explica Arbex.

 


A especialista alerta que tais fatores possuem consequências psicológicas e até mesmo físicas, já que um idoso mal assistido consequentemente possui maiores riscos de internação, complicações de doenças, quedas, fraturas etc. “Esses indivíduos também irão se sentir mais inseguros, resultando em um isolamento social muito perigoso, podendo agravar quadros cognitivos.”


Nesses casos, a geriatra alerta que a violência mais comum é a negligência, quando os responsáveis pelo idoso deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos e até proteção contra frio ou calor.

 

Em seguida, costuma ocorrer o abandono, quando há total ou parcial ausência ou omissão, não apenas dos familiares e responsáveis, mas também de entidades governamentais e institucionais, de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção”.





Importância do tratamento geriátrico




​Dra. Maria Carolyna destaca o geriatra como um profissional de saúde imprescindível para atender essas pessoas, pois ficará atento a quaisquer sinais que possam indicar algum tipo de violência e, consequentemente, denunciar os casos para uma devida avaliação e adequado acompanhamento do serviço social.

 

 

​“Trata-se de uma questão de política pública, que sempre deve ser notificada quando houver suspeitas. Aqueles que desejem informar casos de violência contra os idosos, podem ainda procurar ajuda em unidades municipais de saúde e delegacias de polícia. Apenas com a denúncia é possível auxiliar esses indivíduos a encontrarem um lar e pessoas mais bondosas e complacentes com as suas situações”, alerta Dra. Maria Carolyna.





 

  • Formada em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP -Universidade Federal de São Paulo), especialista em Geriatria pela UNIFESP e SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), mestre em Ciências da Tecnologia e Atenção à Saúde pela UNIFESP e especialista em Cuidados Paliativos pela Organização Latinoamerica Pallium e Universidad Del Salvador. É médica assistente do Ambulatório de Memória e Geriatria da Universidade de Araraquara (Uniara).

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