Araraquara Agora Publicidade 728x90
11/03/2022 às 11h18min - Atualizada em 11/03/2022 às 11h18min

Indignação: Família busca resposta após morte de mulher, de 39 anos

“Minha irmã morreu sem socorro médico”, fiz familiar. Ela teria procurado atendimento várias vezes antes de morrer

Direto da Redação

Minha irmã morreu sem socorro médico”.

 

Este é o desabafo indignado de Carlos Alberto Alves da Silva. Carlos perdeu a irmã na noite desta quinta-feira (10). Segundo ele, os médicos relataram que foi por conta de uma parada cardíaca e hemorragia.


Carlos ressalta que a irmã, Carla Alves da Silva, de 39 anos, procurou insistentemente ajuda médica desde o início dos sintomas, no último sábado (05), ela estava com dores no peito e com dificuldade para respirar. A família acredita que a morte de Carla foi por negligência médica.

 

Carlos ainda explica que assim que os sintomas pioravam, a irmã buscou ajuda médica duas, até três vezes por dia. Ela chegou a ser atendida nas três UPAs de Araraquara.

 

Minha irmã começou a ficar ruim no sábado, foi quando começou a procurar atendimento médico. De sábado até ontem, ela Foi na UPA da Vila, na UPA central, na UPA do Valle verde. Ela procurou toda forma de ter um bom atendimento”, disse.

 

Carlos ressaltou que na última terça-feira (08), a irmã estava com dores fortes no peito e apresentando falta de ar. Segundo o irmão, os médicos diagnosticaram um quadro de dengue e apenas receitaram dipirona e liberaram a paciente para voltar para casa, mesmo com o quadro piorando, em nenhum momento foi levantada a possibilidade de internação de Carla.

 

Só falavam que era dengue e não tinha o que fazer. A dor e a falta de ar eram decorrentes da dengue. Davam o remédio e mandavam ela para casa, todas as vezes”, ressalta o irmão.

 

O quadro foi ficando pior. De quinta para sexta, ela buscou ajuda médica de três a quatro vezes por dia, desesperada procurando atendimento para poder solucionar o problema dela”, desabafa Carlos.

 

Nesta quinta-feira (10), por volta das 17h30, Carla passou mal e solicitou uma ambulância que a encaminhou para UPA da Vila Xavier. A família desesperada foi em busca de notícias e ninguém dizia nada. Carlos disse que somente depois das 19h, após duas horas de meia, um médico foi conversar com a família. Carla havia morrido.

 

A gente ficava perguntando, buscando saber o que aconteceu, sem ninguém falar nada. Diziam que ela teve uma parada, mas não falavam a real situação da minha irmã. Só depois fomos avisados de que ela havia morrido de infarto e hemorragia”, disse.

 

Eu fui ver minha irmã, foi horrível vê-la na situação que a vi. Parecia que estava lá a muito tempo, abandonada. O corpo já tinha mudado de cor. Achei muito estranho”, conta Carlos.

 


Uma vida pela frente

 

Carla completaria 40 anos em agosto deste ano. O irmão conta que era uma pessoa cheia de energia, ativa e saudável. Trabalhava como vendedora, era casada e tinha dois filhos, de 18 e de 11 anos. A família mora na Vila Xavier.

 

Ela era totalmente ativa, não tinha preguiça, tinha uma vida normal. Minha irmã tinha uma vida maravilhosa pela frente”, desabafa emocionado.

 


O que diz a Prefeitura

 

Nós entramos em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura. Por nota disse que vai apurar a morte da paciente. Veja:

 

A Secretaria Municipal de Saúde lamenta o óbito da senhora Carla Alves da Sílvia, se solidariza com a família e está abrindo procedimento administrativo para investigar os fatos.

Já foi iniciada a avaliação das fichas e dos históricos de atendimentos prestados à paciente e, de acordo com o levantamento inicial, em nenhum atendimento houve confirmação de dengue.

O corpo de Carla Alves da Silva foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para apuração da causa da morte.

 


Família quer respostas

 

A família ainda busca saber os motivos da não irternação de Carla, já que ela havia apresentado uma piora dos sintomas. Além disto, o irmão quer detalhes do que levou a morte da famliar, um levantamento detalhado do que ocorreu. A sensação de injustiça é o sentimento que tem marcado a família.

 

A gente busca informação do real motivo do que aconteceu. O que ela teve que levou a este final trágico?”, cobra o irmão.

 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Araraquara Agora Publicidade 1200x90