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08/04/2022 às 11h20min - Atualizada em 08/04/2022 às 11h20min

Entenda como as fórmulas emagrecedoras podem prejudicar o funcionamento do rim

Nefrologista alerta para o risco de interações medicamentosas e comenta sobre a importância do acompanhamento médico na busca por perder peso.

Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

Consumir alimentos com excesso de sódio e não se hidratar corretamente são comportamentos amplamente conhecidos como nocivos ao bom funcionamento dos rins, porém, o nefrologista Henrique Carrascossi destaca que existem diversos outros aspectos que devem ser motivo de atenção quando o assunto é a boa saúde desses órgãos, como o uso indiscriminado de medicamentos ou fórmulas emagrecedoras.


“Mesmo os medicamentos e materiais regulamentados são problemáticos quando possuem o objetivo de perder peso, mas muitas dessas fórmulas ou remédios emagrecedores, ou até mesmo chás tidos como milagrosos, não são fiscalizados ou aprovados pela Anvisa, o que pode gerar uma interação entre as substâncias presentes e levar a insuficiência renal”, explica Carrascossi.


Algumas das medicações comumente utilizadas com fins de emagrecimento são os antidepressivos, as anfetaminas e até mesmo remédios ingeridos no combate a diabete.

 

São drogas que possuem um mecanismo de ação capaz de auxiliar o corpo a perder peso, porém todo esse processo precisa ser acompanhado de perto por um médico. Do contrário, prejudicam o organismo e até ocasionam quadros de hipoglicemia.”


No caso dos antidepressivos ou ansiolíticos tomados a fim de combater a ansiedade, uma dose desregulada resulta em interfência no sistema nervoso central, alterando também a liberação de hormônios, especialmente o antidiurético, que pode gerar problemas graves nos rins. Alguns quadros ainda apresentam severas alterações de sódio ou potássio levando até mesmo a internação.



Recomendação médica e grupos de risco


Diante desse cenário, Henrique Carrascossi alerta sobre a importância do acompanhamento médico sempre que houver a necessidade de utilizar medicamentos para emagrecer. “Lembrando que embora algumas drogas sejam diretamente tóxicas para o rim, pois são metabolizadas pelo órgão, outras podem sofrer esse processo no fígado, o que também gera um risco de lesão hepática.”


Entre os grupos mais atingidos estão principalmente aqueles que já possuem alguma doença, como pessoas diabéticas, hipertensas ou que convivam com alguma doença neurológica, por exemplo, pois a ingestão das fórmulas emagrecedoras pode causar uma interação medicamentosa junto aos remédios tomados para o controle desses problemas.

 

“Importante destacar que embora o Brasil seja o terceiro maior transplantador de rim do mundo, nem todos são aptos ao processo, seja por possíveis complicações ou pelo fato do corpo não resistir ao procedimento, o que leva a necessidade de diálise para o resto da vida”, informa o nefrologista.


Já nos casos de intoxicação grave por drogas que causem uma insuficiência hepática, a possível necessidade de um transplante urgente de fígado é aumentada. “Diferente do rim, o fígado não possui um procedimento como a hemodiálise, logo, caso não haja disponibilidade imediata de um novo órgão, o paciente corre sério risco de vida”, alerta Carrascossi.



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