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10/05/2022 às 09h01min - Atualizada em 10/05/2022 às 09h01min

Mais de três milhões de brasileiros acima dos 60 anos enfrentam dificuldades para realizar atividades básicas do dia a dia

Geriatra explica a importância de um acompanhamento preventivo na terceira idade

Pixabay

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 3,3 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais possuem dificuldades ou falta de autonomia para realizar atividades básicas do dia a dia, como comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, andar de um cômodo para outro ou até mesmo deitar-se ou levantar-se da cama sozinhos.


A geriatra especialista em cuidados paliativos Maria Carolyna Fonseca Arbex explica que essas limitações ocorrem por uma série de razões, uma boa parte secundária às deficiências motoras e articulares, geralmente causadas por doenças osteoarticulares e reumatológicas, que são muito comuns com o envelhecimento.

 

“O prejuízo na funcionalidade, na autonomia do paciente prejudica também a parte cognitiva do indivíduo, deixando-o mais susceptível a um aumento da prevalência de doenças neurodegenerativas: as demências. Esses problemas também limitam os idosos, impedindo ainda mais tarefas, acelerando o processo de perda da funcionalidade, comprometendo atividades como a capacidade de ir ao mercado, cuidar das próprias finanças, cozinhar etc.”, comenta Arbex.

 

Importância do acompanhamento

Com 9,5% dos idosos do país precisando lidar com os desafios que essas limitações implicam, a médica Maria Carolyna alerta ser imprescindível que as pessoas acima dos 60 anos realizem um acompanhamento com um geriatra a fim de entender como anda o funcionamento do próprio corpo, independente de haver sintomas de possíveis problemas ou não.

 

“Os idosos necessitam de atendimento médico constante, a mediação realizada por um geriatra é ainda mais importante, pois ele será capaz de gerenciar cuidados de prevenção, checar vacinação e a necessidade das medicações, possíveis interações entre elas de um modo mais centralizado e propor um plano de tratamento sem que o idoso precise consultar muitas vezes diversos especialistas por exemplo”, diz Arbex.


O geriatra também é o profissional responsável por indicar tratamentos preventivos e coletar os exames de risco regulares a fim de observar como transcorre o envelhecimento do organismo de cada indivíduo. Dessa forma, é possível evitar o surgimento de problemas e a progressão de patologias já instaladas.

 

“Quando não há um acompanhamento adequado, vemos o idoso mais frágil às internações, mais susceptíveis a intercorrências e uma considerável piora da qualidade de vida. Logo, o acompanhamento preventivo evita não apenas esses transtornos, como sobrecarrega menos os cuidadores, familiares e promove um envelhecimento mais saudável e digno”, alerta a especialista.

 


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