Foto: Marcelo Camargo/ Agência BrasilUm estudo recentemente publicado pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que as avarias e as cicatrizes no coração, observadas em pacientes com quadro grave de gripe, são causadas pela infecção direta nas células cardíacas.
Segundo o cardiologista Yuri Brasil, essa é uma importante descoberta, pois até então se acreditava que problemas cardíacos associados à gripe eram causados por uma inflamação intensa nos pulmões.
O documento publicado na revista Science Advances ainda apresenta evidências de que mesmo os pacientes que precisem lidar com uma infecção muito grave nos pulmões não terão nenhum tipo de complicação cardíaca, desde que o vírus em questão não seja capaz de se replicar no coração.
Apesar da revelação de que é uma infecção direta que causa os problemas no coração, o estudo não se aprofunda em descobrir o que esse processo realmente causa, seus desdobramentos a longo prazo e quais as consequências de repetidas complicações cardíacas.
“Ainda não se sabe também como o estudo influencia o tratamento de casos graves de pacientes hospitalizados, porém, são informações preciosas e que fornecem uma maior compreensão dos efeitos cardiorespiratórios consequentes da gripe, além de ser outro alerta para que as pessoas se conscientizem sobre a importância de tomar a vacina contra a Influenza”, comenta.
Os imunizantes, de qualquer tipo, são a forma mais eficiente de prevenir doenças infecciosas, pois não só protegem um invidíduo de maneira direta, como também impedem a circulação dos vírus por toda a população. No caso da Influenza, ainda auxilia na diminuição dos casos graves e consequentes internações, desafogando os sistemas de saúde de problemas muitas vezes evitáveis.
Lembrando que junto da imunização, as medidas de prevenção e controle da gripe também são importantes.
“Os mesmos cuidados adotados na luta contra a covid-19 podem ser implementados para evitar o contágio pela influenza. Distanciamento físico, uso de máscaras e higienização correta das mãos. Uma boa alimentação e a prática regular de exercícios físicos também são importantes”, orienta o cardiologista.
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