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17/08/2022 às 09h49min - Atualizada em 17/08/2022 às 09h49min

Chocolate pode contribuir para o bem-estar emocional e nutricional de idosos com câncer em cuidados paliativos

Especialista explica de que forma o alimento pode proporcionar mais qualidade de vida e orienta sobre os principais cuidados com a alimentação deste grupo de pessoas

rawpixel/ Freepik

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Uma pesquisa recentemente divulgada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto apontou a possibilidade de o chocolate estar relacionado a uma significativa melhora nutricional de pacientes com câncer em cuidados paliativos. De acordo com a geriatra especialista em cuidados paliativos Maria Carolyna Fonseca Arbex, o doce ainda funciona como um aliado na busca por mais qualidade de vida.

 

“O chocolate, especialmente o tipo mais amargo que possui maior concentração de cacau, tem um forte poder antioxidante e vasodilatador por conta da presença dos polifenóis. O estudo da USP mostra que esse aspecto auxilia nos cuidados a esse grupo específico de idosos, pois libera algumas substâncias no sistema nervoso central que proporcionam uma sensação de bem-estar parecida com a fornecida por antidepressivos”, explica a especialista.



Arbex também comenta que o paciente idoso já possui uma série de alterações, que muitas vezes, confere uma perda significativa de apetite, seja por transformações do paladar, dificuldades mastigatórias, condição dentária prejudicada ou até mesmo por uma menor sensação de prazer nos alimentos. “Quando se trata do paciente oncológico, somam-se também os efeitos colaterais do desenvolvimento da doença ou de tratamentos como quimioterapia e radioterapia, que prejudicam bastante a digestão.”


Portanto, é preciso que haja um acompanhamento especializado no que diz respeito ao controle desses sintomas e da alimentação, para garantir que o paciente tenha o mínimo de aporte ou da chamada “dieta de conforto”, que providencie ao indivíduo aquilo que ele tem vontade de comer, independente se isso trará algum prejuízo futuro, uma vez que algumas doenças já são ameaçadoras à vida.

 

“Dessa forma, a ingestão de alimentos vai além de uma necessidade básica, pois tem papel central para o envelhecimento, contribuindo para a boa manutenção muscular e óssea, além de se relacionar a questões de autonomia. Um estado nutricional desajustado pode desencadear graves sintomas de desnutrição, mesmo que na balança o idoso não apresente um baixo peso”, diz.



Contudo, o estudo da USP reforça a ideia de que, nos cuidados paliativos, há muito a se fazer para conseguir identificar e fornecer estratégias que acolham não só o paciente, mas também a sua família.


Lembrando que todo e qualquer artifício que auxilie nos cuidados paliativos são importantes, porém, é essencial nunca deixar o idoso de lado no que diz respeito ao diagnóstico, prognóstico, planejamento e questões de sobrevida. Esse processo ajuda a entender exatamente o que é importante ou prioridade para ele, assim, mesmo que não se consiga atuar na proposta curativa, é possível melhorar a qualidade de vida por mais tempo, ou ao menos pelo tempo possível”, orienta a geriatra.

 


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