Após tragédia e quase 16 anos no poder, Edinho diz que vai fazer obras na Via Expressa

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Em seu quarto mandato por Araraquara e, após a tragédia causada pelas chuvas nas últimas horas na cidade, o prefeito Edinho Silva se comprometeu em fazer as obras necessárias na Via Expressa. O local é um dos pontos de risco na cidade em dias de chuva, com alagamentos e inundações. Em setembro, inclusive, o Ministério Público exigiu que o município faça trabalhos emergenciais para se evitar o colapso das galerias pluviais instaladas embaixo de uma das vias mais movimentadas da cidade. 

A declaração do prefeito Edinho Silva foi feita em suas redes sociais na manhã desta sexta-feira (30). A estimativa, segundo ele, é de que as obras possam custar até R$ 35 milhões. 

Sobre a Via Expressa, Edinho Silva explicou que a engenharia do local é da década de 80, com o encontro de duas bacias: do Ribeirão das Cruzes e do Córrego do Ouro. Na época, conforme o prefeito, a canalização que existe embaixo da via era suficiente e até com folga. No entanto, bairros cresceram, junto com hipermeabilização de solo e asfaltos, fazendo com que aumentasse o volume de água pluvial e, consequentemente, a pressão na tubulução.  

"É uma obra que precisa ser feita? Precisa. Nós vamos fazer! Mas é uma obra caríssima e ela só pode ser feita na estiagem porque nós temos que desviar o leito do córrego. Se nós fizermos durante as chuvas, não temos como desviar o leito do córrego porque vai chover e vai aumentar a pressão. Tem que ser na estiagem, quando o leito do córrego está baixo. Nós desviamos o leito para fazermos a recuperação dessa tubulação". 

"Esse é um problema que a Prefeitura está viabilizando os recursos. A obra inteira aqui é de aproximadamente de R$ 30 a R$ 35 milhões. É preciso refazer, desde a Avenida Feijó, para cá [Via Expressa] e refazer a tubulação até para frente da Avenida 15 de Novembro. É praticamente refazer a tubulação do córrego e tem uma parte que nós temos que aumentar a vazão", esclareceu Edinho Silva. 

Ainda de acordo com o prefeito, as obras não colocam em risco o trecho e a Prefeitura faz o monitoramento. "Zero de risco. A prefeitura monitora porque é um tubo de concreto que tem um asfalto em cima. [...] Então, se houver alguma movimentação desse tubo, esse asfalto vai trincar. Não é uma coisa que vai desabar, como uma ponte. Ele vai trincar e nós vamos perceber essa movimentação. Não há nenhum risco de movimentação do tubo. Zero de risco. A prefeitura monitora absolutamente toda semana", destacou. 

Durante sua live, Edinho disse ter sido didático para "a gente não criar problema onde não tem problema". O prefeito disse que, mudando a vazão dos tubos, o local para de ter enchentes. "Vamos fazer. Assim que nós tivermos a estiagem, nós vamos fazer a recuperação de toda essa tubulução, a troca da tubulução, aumentar a vazão e, consequentemente, estanca esse problema, que é o problema do alagamento. No futuro, Araraquara terá que fazer tipo piscinões nessa área dos trilhos, para que a gente retenha esse volume de água". 



A Via Expressa foi um dos pontos interditados, novamente, pela prefeitura por ter sido danificada no trecho do Terminal Central de Integração. Na ocasião, o local ficou alagado, com pedras e o asfalto chegou a ser levantado. No entanto, os danos foram mínimos se for considerar as cinco mortes causadas pelo surgimento de uma cratera na Avenida 36 na noite de quarta-feira (28). Com a forte correnteza do córrego das Cruzes, a ponte cedeu e um veículo com seis pessoas, que transitava pelo local, foi engolido. 

Na manhã seguinte, ele foi encontrado. Cinco corpos sem vida foram localizados, enquanto uma de criança de 10 anos, segue desaparecida.