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Para todas as pessoas, a busca por mais qualidade de vida envolve, primariamente, uma rotina de alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas.
Nos casos de pacientes com doença renal crônica (DRC) – que consiste em lesão renal e/ou perda progressiva e irreversível da função dos rins –, não é diferente: os exercícios são de extrema importância, pois possibilitam um fortalecimento do corpo para as tarefas do dia a dia.
Um estudo da Universidade Chinesa de Hong Kong publicado no British Journal of Sport Medicine avaliou, durante quatro anos, a função renal e os hábitos diários de exercícios de quase 200 mil taiwaneses com idade média de 20 anos. A publicação apontou que a probabilidade de pacientes do grupo considerado sedentário serem diagnosticados com DRC era quase 10% maior em relação ao grupo de pessoas ativas.
O nefrologista Henrique Carrascossi, porém, alerta que antes de iniciar as atividades, todas as pessoas devem procurar uma avaliação de médicos e equipe multidisciplinar a fim de entender os parâmetros indicados de intensidade, frequência e duração dos exercícios.
Além das atividades físicas e dos exames preventivos, Carrascossi pontua ser imprescindível que tanto pacientes, quanto não pacientes, mantenham um consumo adequado de água a fim de prevenir ou evitar o agravamento do quadro de doença renal crônica.
“Obesidade, tabagismo, uso indiscriminado de anti-inflamatórios e doenças genéticas são outros aspectos que contribuem para o problema.”
O especialista também comenta que os exercícios são uma das principais medidas a serem tomadas contra a sarcopenia comum (perda de massa muscular), um processo muito acelerado em relação a uma pessoa da mesma idade que não possua doença renal crônica.
“Outros sintomas da DRC incluem fraqueza, cansaço, náuseas, vômitos, inchaço, anemia, perda do apetite e excesso de urina.”
Diante desse cenário, Henrique destaca que os sinais da doença apenas se manifestam em um estágio muito avançado, quando já não é possível reverter a situação.
“Atualmente, para cada indivíduo que realiza diálise, outros quatro ou cinco pacientes renais crônicos desconhecem serem portadores dessa patologia, situação que reforça a importância da detecção precoce para o início imediato de um tratamento adequado.”