Uma pesquisa feita pela SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) mostrou que 79% dos entrevistados desconhecem os malefícios causados por distúrbios do sono no coração.
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Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, as boas noites de sono devem ser vistas como fundamentais para a preservação da boa saúde, já que dormir pouco ou mal pode ser tão prejudicial quanto o tabagismo ou a pressão alta.
“Evidências científicas apontam que um sono ruim impacta diretamente nas condições cardiovasculares, já que proporciona uma maior liberação de adrenalina, aumento da pressão arterial, inflamação dos vasos sanguíneos e outros mecanismos que podem acarretar emergências graves, como infarto e AVC. Portanto, as noites devem ser preservadas, pois são o momento ideal para que o corpo recupere toda a sua energia”, diz Dr. Yuri.
Realizado com 2.236 pessoas nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na Capital, o estudo ainda informou que 46,5% dos entrevistados dormem de cinco a seis horas por dia, enquanto 9,5% declararam dormir quatro horas ou menos.
“Para melhores noites de sono, é fundamental se manter afastado dos eletrônicos algumas horas antes do repouso, assim como evitar a ingestão de alimentos gordurosos, cafeína, nicotina e bebidas alcoólicas. A recomendação é que todos os jovens e adultos durmam entre sete e nove horas todos os dias. Já as crianças menores de cinco anos, precisam de dez a dezesseis horas”, comenta Dr. Yuri.
O especialista também relembra que as boas noites de sono são tão imprescindíveis que a American Heart Association (AHA) chegou a incluir o hábito em sua lista Life’s Essential 8, que aponta oito itens essenciais para uma vida mais saudável. “As outras recomendações incluem atividades físicas, alimentação de qualidade, não fumar, controle do peso, controle do colesterol e o controle da pressão arterial”.