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05/08/2023 às 10h22min - Atualizada em 05/08/2023 às 10h22min

Dia Nacional da Saúde: entenda a importância de cuidar bem dos rins

Especialista destaca como alterações no estilo de vida podem impedir a doença renal

Foto Ilustrativa/ Freepik

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Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontam que a prevalência da doença renal crônica no mundo é de 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos.

 

Ainda segundo a entidade, todos os anos, cerca de 48 mil novos pacientes precisam realizar hemodiálise no Brasil, aspecto que tem se tornado cada vez mais insustentável, já que clínicas do SUS não têm vagas suficientes para hemodiálise de pacientes renais graves.


Dessa forma, o nefrologista Henrique Carrascossi comenta que o Dia Nacional da Saúde, 5 de agosto, é uma das oportunidades que existem durante o ano para conscientizar as pessoas sobre a importância de adotar um estilo de vida mais saudável e cuidar bem dos rins.

 

Uma dieta de alimentação equilibrada sempre deve ser o primeiro passo, ou seja, é preciso abandonar as comidas gordurosas e embutidas, e optar por alimentos ricos em vitaminas e fibras”.
 


Outras dicas fornecidas pelo especialista são: beber álcool com moderação, para não afetar o funcionamento dos rins; abandonar de vez o cigarro, pois o ato de fumar prejudica todo o organismo; e nunca se automedicar, especialmente no que diz respeito aos analgésicos e os anti-inflamatórios, que podem reduzir a capacidade de filtração do sangue.

 

“Os rins são responsáveis por controlar a eliminação de líquidos e excreções, além de produzir hormônios importantes para a regulação da pressão arterial e produção de glóbulos vermelhos. Assim, quando um indivíduo tem a função desses órgãos prejudicada, a hemodiálise pode ser imprescindível para manter o corpo funcionando”, explica Carrascossi.
 


Informações da SBN apontam ainda que cerca de 150 mil brasileiros com doença renal crônica e grave dependem do tratamento como sua única esperança de sobrevivência. “Quase 36 mil desses pacientes estão, inclusive, na fila do transplante, porém, essa solução também tem se tornado cada vez mais difícil devido à diminuição das doações de órgãos e à escassez de equipes de captação e cirurgia”.


Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou um reajuste e investimento de R$ 600 milhões para aumentar a tabela do SUS e fazer a manutenção de equipamentos de hemodiálise. Contudo, a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante apontou que a revisão não leva em conta o número de pacientes por máquina e que os valores podem não ser suficientes para cobrir os custos de cada tratamento.


Diante desse cenário, Henrique Carrascossi reforça a importância dos bons hábitos de saúde na prevenção contra a doença renal crônica e para manter um adequado funcionamento dos rins.

 

"Muitos casos são evitáveis e, com um bom acompanhamento e alterações no estilo de vida, é possível impedir a necessidade da hemodiálise, uma intervenção intrinsecamente ligada à sobrevivência dos pacientes. Portanto, não chegar ao ponto de precisar desse tipo tratamento sempre será a melhor opção".
 

 

 





 

  • Henrique Carrascossi é médico nefrologista formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva, com residência médica e título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Associação Médica Brasileira (AMB).
  • Atualmente, é preceptor do internato médico da Universidade de Araraquara (UNIARA) e do programa de residência médica em clínica médica da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
  • Também atua como médico coordenador assistencialista da enfermaria de clínica médica do Hospital de Ensino e da unidade de urgência e emergência da Santa Casa de Araraquara, além de coordenar o Instituto do Rim Carrascossi, onde oferece a seus pacientes o diferencial da diálise peritoneal (em substituição da hemodiálise).

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