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No último ano, o Brasil enfrentou uma preocupante realidade médica. Segundo dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia, 2023 apresentou 651 casos de amputações em decorrência de câncer no pênis, além de 454 óbitos.
Para o especialista em urologia oncológica Dr. Elizeu B. Neto, o cenário reforça a importância da conscientização para a prevenção desse problema.
“Embora se trate de um tipo raro de câncer, suas consequências costumam ser devastadoras na vida dos homens e de suas famílias. Por isso a necessidade de um diagnóstico precoce, pois quando detectado em estágios iniciais, o tratamento possui mais chances de cura, preservando a qualidade de vida do paciente”, diz Dr. Elizeu.
Ainda segundo o especialista, as amputações muitas vezes decorrem de diagnósticos tardios, que demandam medidas extremas a fim de evitar metástase e consequentemente o óbito. “Entre os principais fatores de risco estão a falta de uma higiene adequada, infeções crônicas, como o HPV, histórico de fimose não tratada e tabagismo”.
Dessa forma, a prevenção requer uma boa educação sobre como realizar a higiene íntima, além da vacinação contra o HPV, do tratamento precoce de possíveis infecções e das consultas regulares com profissionais de saúde.
“Sinais que indicam a necessidade de procurar ajuda médica incluem: secreção branca; aumento anormal ou mudança de cor da pele do pênis; mancha, ferida, rugosidade, tumor ou úlcera na glande ou na pele que cobre a cabeça do pênis”, explica Dr. Elizeu.
Para o urologista, é fundamental que todos os homens entendam sobre a condição e suas graves consequências, além de também conscientizar outros homens de seu convívio.
“Eles precisam entender que não devem ter vergonha de procurar o médico. É muito comum o paciente já chegar com o câncer em estágio avançado, pois ficou adiando o atendimento na esperança que o problema iria passar. Quanto mais cedo a condição for descoberta, menos invasivo é o tratamento e maior a chance de cura”.