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29/05/2024 às 14h12min - Atualizada em 29/05/2024 às 14h12min

Infecção urinária: quando procurar o urologista?

Saiba a importância de acompanhar um problema que acomete homens e mulheres

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A Sociedade Brasileira de Urologia estima que cerca de 2 milhões de brasileiros são afetados por infeCções urinárias a cada ano. As ITUs (infecções do trato urinário) são a segunda infecção bacteriana mais comum no país. As mulheres têm prevalência nos diagnósticos, mas o problema é cada vez mais comum também no homens e crianças e, por isso, exige cuidados específicos para prevenir seu agravamento.

 

De acordo com o Dr. José Roberto Colombo Júnior, urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein, existem várias causas que contribuem para o desenvolvimento da doença não sendo possível eliminar o problema para sempre da vida de um paciente.

 

 

Alguns fatores facilitam as infecções urinarias, como o diabetes, a constipação intestinal, após uma relação sexual, cálculos renais e alterações anatômicas do trato urinário.
 

 

Nos homens, a incidência de infecção urinária é maior na infância e após os 60 anos. “Na infância, devido a presença de fimose e alterações funcionais tais como refluxo vesicoureteral - quando há o retorno da urina da bexiga para o trato urinário superior. Na fase mais tardia da vida, devido a hiperplasia prostática [aumento da glândula da próstata] e distúrbios miccionais”, explica.

 

 

Agravamento

 

 

Se não for tratada adequadamente, uma infecção urinária pode se agravar, e evoluir para formas mais graves da doença. Uma ITU não complicada, como a cistite, geralmente não representa risco de vida se tratada corretamente.

 

Se a infecção se espalhar para os rins (pielonefrite) ou para a corrente sanguínea (sepse), pode causar complicações sérias, até a morte.

 

 

A infecção é considerada grave quando é acompanhada por um quadro febril, apresentar alterações obstrutivas da via urinária, como cálculo urinário, estenose da junção ureteropiélica, e quando o paciente apresenta queda no seu estado geral como cansaço, indisposição, náuseas e vômitos.”
 

 

 

Sintomas, prevenção e tratamento

 

 

Segundo o especialista, os principais sintomas das infecções urinárias são a disúria (ardor ao urinar), polaciúria (urinar em curto intervalo de tempo e com volume pequeno), hematúria (presença de sangue na urina) e, nos casos mais graves, febre, dor lombar e queda no estado geral. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais de urina e sangue e exames de imagem.

 

A prevenção é feita pelo controle desses fatores, como manter o diabetes controlado, regularizar o hábito intestinal, urinar antes e após as relações sexuais, não ficar com a bexiga cheia por períodos prolongados e manter uma higiene pessoal adequada.

 

 

Na infância, recomendamos atenção com a higiene adequada e acompanhamento dos problemas funcionais; já nos adultos, no tratamento adequado da próstata aumentada (HPB), para evitar o resíduo miccional elevado”, completa.
 

 

O tratamento engloba a utilização de antibióticos e acompanhamento dos fatores causais, quando estiverem presentes.

 

 

Infecção urinária de repetição

 

 

Já a infecção urinária de repetição, também conhecida como infecção do trato urinário recorrente, é um problema comum que afeta muitas pessoas, principalmente mulheres devido à anatomia do sistema urinário feminino, que facilita a entrada de bactérias na uretra.

 

 

Para ser caracterizada uma infecção urinária de repetição, o paciente deve apresentar mais de duas infecções sem febre no semestre ou três ocorrências por ano, mas sempre após uma infecção urinária febril.
 

 

A reincidência da infecção é sempre desconfortável e frustrante, mas com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, é possível reduzir significativamente sua frequência e melhorar a qualidade de vida.

 

Por isso, é importante procurar a ajuda de um médico especializado em urologia, seja para investigar a infecção da mais simples até a mais complicada. Alguns pacientes com infecções de repetição podem se beneficiar do uso de antibiótico profilático, chamado quimioprofilaxia.

 

  • Médico urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein.
  • Coordenador Executivo da Pós-Graduação em Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein.
  • Formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
  • Possui doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) São Paulo.
  • Aprimoramento (Fellowship) em cirurgia minimamente invasiva na Cleveland Clinic, Cleveland, EUA.

 

 


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