Iago estava vivo quando foi decapitado, afirmou um dos envolvidos em depoimento

O Araraquara Agora teve acesso aos novos detalhes do depoimento de um dos acusados de participar do assassinato brutal de Iago Felix de Morais, 29 anos, na última terça-feira (30), em São Carlos. O quinto acusado se apresentou neste domingo (5), no Plantão Policial e o crime chocou toda cidade. 

Estão presos temporariamente Weslei Gabriel, Nelson Vechiez Neto, seu pai Willian Paulino Vechiez, conhecido como "Cigano,  Vitor Antônio Cruz,  e Carlos André Giovani da Silva.

DEPOIMENTO

Segundo o suspeito, ele e os demais foram chamados por Cigano que estava com uma pedra grande de crack e os convidou para usar a droga. Disse ainda, que todos entraram no Gol verde de Cigano e ficaram rodando e usando os entorpecentes.

Em dado momento pararam para abastecer e comprar dois corotes de cachaça num posto de gasolina na avenida São Carlos e depois retornaram para o bairro do São Carlos 8 e ao descerem do carro, Cigano constatou que uma calota havia sumido.

Na sequência adentraram em um terreno, fumaram crack e depois fizeram o trajeto inverso para localizarem a calota perdida e ao passarem por uma estrada de terra na região da UFSCAR encontraram Iago queimando fios de telefone. Após visualizar lago, Cigano teria engatado marcha ré no veículo e o convidou para irem na represa do 29 para fumarem crack. 

A vítima então se dirigiu para o carro, e quando se aproximou da porta, Cigano o segurou pelo pescoço enquanto o filho dele Nelson amarrou as mãos dele com enforca gato, mas todos imaginaram que era apenas uma brincadeira, inclusive lago.

Em seguida todos seguiram para a represa do 29 e ao chegarem no local, Cigano mandou todos descerem do carro e depois que todos saíram, Cigano empurrou lago no chão e começou a desferir facadas. 

Ao ser surpreendido com a situação, o Weslei alega que retornou para o interior do carro e nesse momento Cigano teria dito: "E aí Lelo, você não era irmão ou você ajuda a matar ele ou nós matamos você". Diante da ameaça proferida por Cigano, o rapaz desceu do carro e pisou na cabeça do lago.

De acordo com o acusado, lago estava vivo quando foi decapitado, e após isso, Cigano colocou a cabeça numa sacola branca de supermercado e guardou no porta malas do carro. Depois todos adentraram no carro e Cigano arremessou a faca utilizada na represa do 29 e todos retornaram para o bairro do São Carlos 8, onde Cigano explicou que havia matado lago porque ele era "Jack" e depois começou a exibir a cabeça para os populares dizendo que tinha matado um Jack. 

Os cinco homens suspeitos de envolvimento no crime foram transferidos para o Anexo de Detenção Provisória (ADP), de Araraquara onde estão à disposição da Justiça.

CORPO NO IML 

O corpo de Iago permanece no Instituto Médico Legal (IML) de São Carlos e caso nenhum familiar compareça nos próximos dias para fazer o reconhecimento, ele poderá ser sepultado como indigente.

A vítima era natural de Pindobaçu/BA e não tinha parentes em São Carlos.