Desde o início da pandemia de Covid-19, diversas pessoas ao redor do mundo têm se perguntando sobre a origem de doenças infecciosas, como o coronavírus.
Segundo pesquisadores da UFRGS (Universidade Federal do Rio de Janeiro), cerca de 75% das doenças infeciosas são derivadas de microrganismos previamente presente em animais selvagens e que foram transmitidos para os seres humanos.
A infectologista e clínica geral, Ana Rachel Seni Rodrigues explica que embora o salto de patógenos de animais para pessoas seja comum, são as ações humanas que facilitam a proliferações de vírus – como a Sars-CoV-2 – e que favorecem uma situação epidêmica.
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“No caso da Covid-19, as principais hipóteses são a fuga de algum agente em estudo laboratorial ou a de que o Sars-CoV-2 tenha surgido do morcego e que o manuseio do pangolim, animal comumente consumido na China, tenha sido o intermediário”, diz.
Dessa forma, a infectologista alerta a necessidade de toda a sociedade reavaliar a forma como interage com os animais e se conecta com o meio ambiente.
“A preservação da biodiversidade continua sendo a forma mais eficaz de controle de potenciais patógenos, o que possibilita a eliminação de possíveis vírus antes que haja disseminação”.
Outra forma de controle e prevenção de novas doenças infeciosas, segundo a especialista, seria uma segurança reforçada na cadeia produtiva de alimentos de origem animal.
“Assim, podemos manter os animais em ambientes livres de proliferação de vírus e teremos uma consequente garantia dos protocolos de teste e eliminação dessas doenças”.