A pandemia de coronavírus trouxe um amplo conhecimento sobre uma variedade de sintomas e tipos de doenças respiratórias que atingem toda a sociedade.
Um importante aliado no diagnóstico de danos desses problemas foi o exame de espirometria, em que o paciente assopra dentro de um aparelho para que os profissionais da saúde possam avaliar de que forma o organismo está sendo prejudicado.
Segundo o pneumologista Flávio Arbex, o exame busca avaliar a função pulmonar, medindo aspectos como a velocidade da respiração, a força dos pulmões e até mesmo o fluxo que o paciente elimina o ar.
“Muito utilizado para monitorar a capacidade respiratória de atletas e a saúde pulmonar de trabalhadores em atividades insalubres, o aparelho também tem sido de grande ajuda para o prognóstico de casos de covid.”
Dessa forma, o especialista explica que pelo fato do coronavírus atacar diretamente o pulmão, ao assoprar o equipamento é possível entender de que forma o Sars-Cov está prejudicando o órgão.
“Pacientes infectados têm menos capacidade de colocar o ar para fora e, o pouco que conseguem, é feito de forma consideravelmente mais lenta e com menos força.”
O exame ainda é um importante aliado no diagnóstico de outras doenças respiratórias como a asma, o enfisema e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Condições em que o paciente também tem dificuldade para colocar o ar para fora, pois são enfermidades que inflamam e machucam os brônquios, impedindo que seja feita a conexão da traqueia com os pulmões e consequentemente obstruindo o fluxo aéreo.
“Portanto, quando houver qualquer dificuldade para respirar, o mais indicado é procurar atendimento médico imediatamente. Assim, o profissional responsável poderá solicitar os exames necessários, entender o que está acontecendo com o organismo e receitar os tratamentos e medicamentos necessários para uma adequada recuperação. Lembrando que o laudo de espirometria somente deve ser assinado por um médico com CRM do estado onde o exame foi executado”, orienta Arbex.