Uma pesquisa da Universidade Metodista de Houston, que foi publicada pelo Journal of the American Heart Association apontou que mortes cardiovasculares e epidemias de gripe aumentam na mesma época. Segundo o cardiologista Yuri Brasil, os dados divulgados servem de alerta para que as pessoas busquem formas de se prevenir contra a doença.
“A pesquisa também mostra que as pessoas vacinadas contra a influenza possuem um risco menor de complicações em razão do vírus, diferente daquelas não vacinadas, que possuem até seis vezes mais probabilidade de sofrer um ataque cardíaco na semana após a infecção pelo vírus da gripe do que em qualquer momento durante o ano anterior ou posterior da infecção”, diz.
Esse cenário se explica por meio das consequências da influenza, pois o vírus pode levar ao desenvolvimento da febre, um fenômeno que fisiologicamente aumenta a frequência cardíaca e o consumo de sangue e oxigênio pelo coração. “Além de um possível quadro de pneumonia, que teoricamente se torna mais grave caso a pessoa já tenha uma doença cardíaca.”
Entre os grupos de risco mais afetados, o cardiologista destaca os indivíduos idosos, especialmente aqueles acima de sessenta anos e que também já passaram por uma situação de infarto, insuficiência cardiológica ou até mesmo o AVC, que é um espectro da doença cardiovascular.
Diante das observações apontadas, Yuri orienta que a melhor forma das pessoas – doentes cardiológicas ou não – se protegerem é por meio da vacinação contra a influenza, além de medidas de higienização que devem ser rotineiras, como a frequente limpeza das mãos e, nesse momento pandêmico, o uso de máscaras de proteção em ambientes fechados ou com pouca ventilação.