Foto: Canva/ IlustraçãoDados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha para o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) apontaram que a maioria dos brasileiros acredita que o câncer de fígado se deve principalmente ao consumo excessivo de álcool e ao tabagismo. Segundo a gastroenterologista Amanda Morêto, esses são apenas alguns dos hábitos causadores da doença, sendo seu principal fator de risco a cirrose, em geral.
“A cirrose é o principal fator de risco para o câncer de fígado. E, atualmente, as principais causas de cirrose, são, além do etilismo, as hepatites virais B e C, com a ressalva de que o tipo B é causado por um vírus oncogênico, ou seja, não precisa causar cirrose para desenvolver um câncer hepático, enquanto a hepatite C normalmente desencadeia o quadro de cirrose, que então se torna responsável pela origem de um câncer”, diz.
Similar a outros tipos de tumor, o câncer de fígado não causa muitos sintomas em sua fase inicial, porém, pode apresentar sinais inespecíficos, como dor abdominal, logo abaixo da mama direita, onde se localiza o órgão.
“Um cenário que alerta para a necessidade de visitar regularmente um especialista e realizar exames laboratoriais frequentes, pois é a maneira mais assertiva de se diagnosticar precocemente o problema, sobretudo em pacientes portadores de cirrose”, orienta Morêto.
Já as formas de prevenção consistem na adoção de algumas medidas importantes, que busquem evitar a infecção pelas hepatites B e C, como:
Além disso, evitar também outras situações que podem contribuir com o desenvolvimento de cirrose, como abandonar o etilismo, e, “adotar uma dieta balanceada e praticar atividade física regularmente, que podem prevenir a gordura no fígado, que é outra causa importante, e crescente, de cirrose, por exemplo”, enfatiza.
Amanda orienta que embora ainda não exista uma vacina contra a hepatite C, todos podem tomar o imunizante que protege contra a infecção pela hepatite B. “Essa vacina faz parte do calendário básico de vacinação das crianças, porém, adultos não vacinados também devem adotar essa medida de proteção, especialmente profissionais da saúde, pessoas que lidam com o vício em álcool ou portadores de outras doenças hepáticas”, diz.
“Lembrando que aqueles que já possuem alguma forma dessas hepatites, ou de outras doenças hepáticas, devem manter um tratamento e acompanhamento médico especializado, pois dessa forma é possível reduzir a carga viral e, consequentemente, diminuir o risco de câncer”, reforça a gastroenterologista.
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