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06/12/2021 às 10h56min - Atualizada em 06/12/2021 às 10h56min

Câncer de pulmão também é risco para a saúde de quem nunca fumou

Especialista explica as principais causas da doença e como evitá-las

Foto: Canva/ Ilustração


Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de pulmão afeta mais de 30 mil novas pessoas – sendo cerca de 17 mil homens e 12 mil mulheres – por ano, no Brasil.

 

Embora 85% dos casos estejam associados ao tabagismo direto, outros fatores também podem influenciar o desenvolvimento da neoplasia, como a exposição passiva à fumaça do cigarro ou a uma variedade de outros agentes químicos.


Segundo o pneumologista Flávio Arbex, trabalhadores que lidam com a fabricação de caixas d’água e telhas geralmente se veem expostos a agentes como amianto e arsênico, que mesmo banidos do Brasil há alguns anos, ainda provocam alguns casos tardios.

 

Pessoas que tenham contato com metais pesados, como níquel e cobre, geralmente usados na produção de baterias e aço inox, por exemplo, também são um grupo de risco”.


Outras condições que favorecem esse tipo de tumor são fatores genéticos e hereditários, além da exposição ao chamado gás radônio doméstico, que se trata de um gás radioativo de origem natural e que se concentra no interior de residências, escolas e locais de trabalho.


Dessa forma, Arbex explica que o câncer de pulmão possui diferentes desafios no seu diagnóstico, pois muitos dos sintomas iniciais costumam ser confundidos com outras doenças respiratórias, o que leva a condução de tratamentos inadequados. “O estigma de que apenas fumantes possam ter a doença também é uma desinformação que impede uma intervenção eficiente.”


“Portanto, apesar da melhor forma de evitar o câncer de pulmão continuar sendo não fumar, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ainda deve ser adotado por aqueles indivíduos que trabalham em situações de risco ou manuseiam conteúdos perigosos. Já as pessoas que convivem com tabagistas devem evitar ao máximo o contato com a fumaça, tentando não permanecer nos ambientes onde outros estão fumando”, orienta o especialista.


No que diz respeito ao tratamento, a abordagem pode variar de acordo com o “estadiamento” da doença, isto é, de como está o câncer quando ele é diagnosticado.

 

Na maioria das vezes, a neoplasia já está em um estado avançado, em que apenas a intervenção cirúrgica já não é mais uma opção viável, o que acarreta a inevitabilidade de um tratamento que consista de cirurgia em associação à quimioterapia, radioterapia e imunoterapia”, detalha o pneumologista.




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