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01/02/2022 às 11h25min - Atualizada em 01/02/2022 às 11h25min

Filha pede ajuda após mãe sofrer quatro AVCs e ficar acamada

Ela precisou abandonar o emprego. “Eu não posso sair e deixar a minha mãe sozinha”

Cassiane Chagas

A vida da cozinheira Terezinha Sales, de 45 anos, mudou de uma forma que ela jamais imaginava. A mãe sofreu quatro AVCs no ano passado e ficou acamada. Terezinha precisou abandonar seu trabalho para se tornar a cuidadora da mãe. Sem se movimentar, Rita Germana de Sales, de 77 anos, precisa de cuidados 24 horas por dia.

 

Mãe e filha moram no Parque São Paulo. Dona Rita sofreu seu primeiro AVC em março de 2021. Ficou 18 dias internada na Santa Casa e quando retornou para casa, sofreu um segundo AVC em junho do mesmo ano. Só que entre o primeiro e o segundo AVCs, ela sofreu mais dois outros AVCs silenciosos.

 

Foi um total de quatro AVCs. No último, ela ficou 13 dias internada, só que seu estado se agravou. Ela não fala mais e só se movimenta do lado direito, mas pouca coisa”, explica Terezinha.

 

A mãe de Terezinha se alimenta por sonda e usa fralda geriátrica. As duas sobrevivem da pensão da dona Rita que não chega a R$700 por mês. Apesar de receber a alimentação do Estado e as fraldas geriátricas da Prefeitura, o apoio não é suficiente. Terezinha é filha única. A filha dela, de 25 anos, deve começar a ajudá-la financeiramente. Ela começou a trabalhar, mas está no seu primeiro mês de experiência.

 

A cozinheira jamais imaginou ter que pedir ajuda, mas não pensa em desistir da mãe.

 

Eu precisei abandonar meu trabalho para poder cuidar dela, porque tem que ficar 24 horas do lado dela. Hoje, por exemplo, ela não dormiu a noite, então eu também não durmo”, explica.

 

Terezinha mora com a mãe em uma casa alugada. As contas de água e energia estão atrasadas. A prioridade são os medicamentos e os custos com a mãe, que não são baratos.

 

Além do custo com água e com a luz, a casa deve ser sempre higienizada, então gasto bastante com produto de limpeza, com álcool, que são caros. Ainda tem que comprar luvas, pomadas e óleo de girassol para evitar as feridas. As fraldas que eu pego não dão para um mês. Eu ganho 90 fraldas, mas minha mãe usa de 10 a 12 fraldas por dia, dependendo do dia”.

 

A mãe de Terezinha tem diabetes e recebe insulina, mas dias atrás precisou comprar seringas. “Tem mês que não tem. Teve mês que eu tive que comprar AAS, porque nem AAS tinha. Fora que sempre tem que comprar alguma coisa”, lembra.

 

Os custos vão aumentando a cada dia. Apesar de receber medicamentos pelo SUS, Rita utiliza dois remédios que a família precisa comprar, um deles é tarja preta, para ela conseguir dormir. O outro é para hipertensão.

 

Todo o trabalho de cuidador é feito por Terezinha. A alimentação por sonda, a troca de fraldas, a higienização da mãe. Apesar de faltar dinheiro, tudo é feito com o amor de filha. “Estou fazendo por ela o que ela já fez por mim. Nem toda mãe faria o que ela fez. Ela separou do meu pai quando tinha 35 anos e nunca se casou para dar respeito para a gente”, diz.

 

A gente não imagina passar por uma situação dessas. É muito, muito difícil, mas a gente não desiste, vai tocando. As pessoas falam para eu colocá-la em um asilo, mas eu prefiro passar dificuldades dentro de casa, passar aperto, mas estar com ela aqui do meu lado. Eu não vou colocá-la no asilo”, reforça.

 

Terezinha não sabe como buscar uma renda, já que seu tempo é dedicado a mãe. “Eu não posso sair e deixar a minha mãe sozinha. São 24 horas que eu tenho que estar dentro de casa, do lado dela, e eu não tenho ninguém, não tenho família. Eu sou viúva, meu marido faleceu há seis anos e eu não tenho como deixar ela sozinha para trabalhar”.

 

Ela não exige nada específico, qualquer quantia é necessária para os cuidados com a mãe acamada.

 

Eu não exijo o que a pessoa tem que me dar. Podem vir aqui na minha casa ver a situação. A porta estará aberta. O que a pessoa achar que sente no coração, pode ajudar. Pode ser R$0,10, R$0,20 ou mesmo fralda”.

 

Ajuda que Fortalece

 

A ajuda pode chegar de muitas maneiras. Por meio de depósito em dinheiro, entrega de cestas básicas, de fraldas ou até mesmo buscar uma conta da casa para pagar. Terezinha trabalhou a vida inteira e entende ser difícil pedir ajuda, mas necessário.

 

É muito triste para mim, porque eu não imaginava passar por uma situação dessa, chegar num ponto desse. Ainda tem gente que me critica”, desabafa.

 

Para quem quiser ajudar, este é um momento importante na vida de Terezinha. “Uma fralda já garante o bem-estar da minha mãe por quatro, cinco horas. Eu não exijo nada”.

 

 

Bóra Ajudar?!

 

Para ajudar Terezinha basta transferir qualquer quantia para o seu PIX.

CPF: 943 296 641 00

Banco do Brasil

Terezinha Sales de Lima

 

Pode também entrar em contato com ela por meio do seu número de WhatsApp. É o 16 98130-7481


Dona Rita utiliza medicamentos e produtos para higiene:


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