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08/04/2022 às 20h43min - Atualizada em 08/04/2022 às 20h43min

Servidores decidem por paralisação na segunda-feira e podem deflagrar greve

Proposta da gestão Edinho Silva não agradou servidores e classe pode entrar em greve

Servidores municipais fizeram uma assembleia na frente da Prefeitura de Araraquara na noite desta sexta-feira (8). Os funcionários decidiram parar na segunda-feira e podem deflagrar uma greve nos próximos dias. 

A reivindicação dos servidores municipais é de um reajuste de 34%. A Prefeitura de Araraquara chegou a fazer uma proposta, mas acabou frustrando a classe pelo aumento do salário. O Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) faz críticas ao prefeito Edinho Silva. "Todos contra essa palhaçada do Edinho", destacou o sindicato na convocação para a assembleia desta sexta, pelas redes sociais. 

"Mais de 2 mil servidores na assembleia rejeitam proposta da Prefeitura de 5% de reajuste salarial", salientou o Sismar com imagens da assembleia feita na frente da Prefeitura de Araraquara. Além da rejeição da iniciativa do Executivo, funcionários públicos também fizeram barulho com apitos, panelas e instrumentos de percussão como forma de protesto.

Além da paralisação, servidores planejam uma nova assembleia geral para segunda-feira, que deve decidir os próximos passos da classe. A previsão é que a área de Saúde trabalhe normalmente.

Além da proposta de 5% de aumento salarial, outra sinalização da Prefeitura foi para um reajuste de 11% no ticket.

Proposta da Prefeitura não agradou

Na proposta divulgada pela Prefeitura, a gestão de Edinho Silva diz que tinha preparado um pacote de benefícios que equivale a um aumento de 14,65%, o que resultaria num impacto de R$ 55 milhões no orçamento. Apesar disso, o próprio Executivo enfatizou que o reajuste no dissídio coletivo será de apenas 5%, o que é justamente um dos pontos contestados pelo Sismar. 

Ao divulgar a proposta, a Prefeitura também disse estar enfrentando dificuldades financeiras. "Especialmente por conta de valores astronômicos de precatórios, e devido aos investimentos em Saúde para o enfrentamento à pandemia", diz um trecho. 

"De acordo a Secretaria de Governo, Planejamento e Finanças, só em 2021, a Prefeitura pagou R$ 48.001.045,09 de precatórios. Agora, em 2022, o município terá que arcar com mais R$ 40 milhões, correndo risco de sequestro de recursos, por parte do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que já emitiu ordem para abater os débitos em aberto. Os precatórios, em sua grande maioria, são constituídos por ações trabalhistas que estão, após anos de embates na Justiça, transitando em julgado", destaca a Prefeitura. 

Veja o resumo da proposta feita, conforme divulgação da Prefeitura  

  • Reajuste de 33,45% do piso salarial do funcionalismo, que passará a R$ 1.453,31; valor maior que o salário mínimo (1.055 servidores beneficiados)

  • Reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica, que passará a R$ 3.845,66 (enquadramento de 469 docentes).

  • Reajuste de 5% no dissídio coletivo

  • Aumento de 11,11% no vale-alimentação, que passará para R$ 600.

  • Política de promoção de classe PCCV (1.076 servidores subirão 16 referências e terão aumento de 17, 7%.

  • Enquadramentos do PCCV com redução de 10% na carga horária (aumento indireto de 10% no salário); a jornada padrão passará de 40 horas semanais para 36 horas semanais

  • Implementação da hora aula de 50 minutos para professores da educação infantil.

  • Gratificação de função na atividade de professor formador (20%)

  • Aumento do adicional para os profissionais que atuam no campo (de 10% para 20%)

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