O corpo humano, frequentemente comparado a uma máquina, é objetivo de investigação por cientistas de todo o mundo, especialmente devido à capacidade de regeneração dos seus órgãos e tecidos.
Uma pesquisa divulgada no Journal of Clinical Investigation, dos Estados Unidos, buscou analisar, especificamente, as formas que o coração se autorrepara após sofrer um ataque cardíaco (ou infarto do miocárdio).
Segundo o cardiologista Yuri Brasil, o documento revela que a resposta imunológica do corpo e do sistema linfático (que faz parte do sistema imunológico) são imprescindíveis durante o processo.
“Essas informações são valiosas, pois auxiliam a medicina a viabilizar a recuperação total das vítimas de infarto.”
O portal Science Alert também destaca que a descoberta da função das células chamadas macrófagos para o processo de regeneração foi de extrema importância para a pesquisa. Essas células possuem não apenas a função de destruir bactérias, mas também de iniciar respostas inflamatórias úteis e que produzem um tipo específico de proteína, chamada VEGFC.
“Dessa forma, logo após a ocorrência de um ataque cardíaco, essas células imunes se direcionam ao coração do indivíduo para consumir o tecido danificado ou morto, além de desenvolver um papel de indução de crescimento endotelial vascular C, um processo que promove a formação de novos vasos linfáticos e só então, leva a tão sonhada cura”, comenta o cardiologista.
Porém, os pesquisadores responsáveis pelo estudo também afirmam que existem diversos tipos de macrófagos, logo, nem todos são benéficos a regeneração do coração.
“O que ressalta ainda mais a importância de novas pesquisas que levem a descoberta de fatos que contribuam para acelerar o processo de autorreparo desse órgão tão importante para o corpo”, avalia o especialista.