Participe da nossa Comunidade do WhatsApp.
Leia Também:
Dados do IDF Diabetes Atlas mostram que 537 milhões de pessoas no mundo vivem com diabetes. No Brasil, o número chega a 16,8 milhões de adultos, sendo o 5º país com mais incidência da doença. Diante desse cenário, o Dia Mundial do Diabetes, hoje (14), tem como objetivo conscientizar a população sobre os diversos aspectos da enfermidade. Para o nefrologista Henrique Carrascossi, a data também se mostra uma ótima oportunidade para alertar contra os problemas renais.
“Todas as pessoas devem manter cuidados constantes com a saúde dos rins, contudo, os indivíduos diabéticos devem redobrar a atenção, pois a doença renal é mais comum nesses pacientes. Isso porque os altos níveis de açúcar fazem com que os rins filtrem uma quantidade acima do normal de sangue, o que sobrecarrega os órgãos e leva a uma considerável perda de proteínas na urina”, explica Carrascossi.
Segundo o Atlas de Diabetes, no mundo, 44% dos portadores da doença eventualmente desenvolvem a doença renal crônica. No Brasil, o diabetes é, inclusive, a segunda maior causa de doença renal crônica em fase terminal, ficando atrás apenas da hipertensão. “O descontrole da enfermidade pode até mesmo acarretar uma lesão renal, chamada de nefropatia diabética, uma das maiores causas do tratamento de diálise”, alerta o nefrologista.
Dessa forma, o especialista reforça a importância das boas escolhas diárias e de um estilo de vida mais saudável. “Aquele cafezinho pela manhã não precisa ser tão adoçado, o sal nas refeições também pode diminuir, assim como o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos ou ultraprocessados. São escolhas simples que devem ser feitas no dia a dia, mas que, no longo prazo, se mostram suficientemente impactantes para preservar a saúde dos rins”.
Além de uma alimentação balanceada, aspectos como controle da obesidade e da hipertensão também são imprescindíveis. Outras orientações do nefrologista incluem a prática regular de exercícios físicos e o acompanhamento multidisciplinar com uma equipe de saúde que lide com o controle do diabetes e com a progressão ou prevenção da doença renal.
Diferente do que muitos pensam, Carrascossi reforça que tanto os pacientes diabéticos, quanto os pacientes renais, podem ter uma vida normal, desde que façam as necessárias mudanças no estilo de vida a fim de manter a glicemia, e demais características que influenciam o funcionamento dos rins, sob controle.