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Um relatório recentemente publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que quase 4 em cada 5 pessoas com hipertensão não recebem o tratamento adequado. No Brasil, estima-se que, em 2023, existam 50.7 milhões de adultos entre 30 e 79 anos vivendo com a condição. Para o cardiologista Dr. Yuri Brasil, essas informações reforçam a necessidade de campanhas de conscientização sobre o assunto.
“O que pode parecer óbvio para muitas pessoas, ainda é desconhecido para grande parte da população, isso é, o fato de que a hipertensão quase sempre pode ser controlada de maneira simples. A prática regular de atividades físicas, uma alimentação saudável e medicamentos de baixo custo costumam ser as intervenções mais adotadas”, diz Dr. Yuri.
Segundo o cardiologista, as situações de agravamento tendem a acontecer justamente quando a hipertensão não é tratada de forma adequada, o que pode ocasionar acidente vascular cerebral (AVC), infarto, insuficiência cardíaca, angina (dor no peito), insuficiência renal ou paralisação dos rins e até mesmo alterações na visão que podem levar à cegueira.
Outro fator importante destacado no relatório é que metade das pessoas com pressão alta sequer sabe que possui a condição. “Cenário que alerta para a importância de as pessoas procurarem auxílio médico, pois com um devido atendimento e consequente administração do tratamento, o paciente terá mais chances de ter seu quadro controlado, além de receber as orientações necessárias de como lidar com a doença”, comenta Dr. Yuri.
Embora a hipertensão, por vezes, apresente sintomas como dores no peito, dores de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal, muitas vezes, a condição também pode se mostrar assintomática. Daí a importância em manter bons hábitos de saúde e sempre consultar um cardiologista, independentemente de possuir pressão alta, para que seja possível prevenir o surgimento de enfermidades que afetem não apenas o coração, mas todo o corpo humano.