Divulgação/Prefeitura Araraquara
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A Secretaria da Saúde divulgou o balanço de casos positivos de dengue em Araraquara neste início de ano. Foram contabilizados 74 casos confirmados da doença até o último levantamento, divulgado nesta quinta-feira (15). Não há registro de mortes em decorrência da dengue.
No mesmo período do ano passado, o total de casos era de 41, somando os meses de janeiro e fevereiro. Durante todo o ano, foram registradas 797 notificações. As ações contínuas levaram a cidade a reduzir drasticamente os casos entre 2022 e 2023. Vale lembrar que em 2022 , Araraquara ficou entre os municípios com maior número de casos com registro de 20,9 mil.
“Não se combate a dengue sozinho. Juntos, somos mais fortes e melhores. E Araraquara, claro, vai cumprir seu papel. Chamo toda a população de Araraquara para nos mobilizarmos contra a dengue”, destacou o prefeito Edinho Silva em reunião recente online convocada pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, como parte de uma agenda emergencial criada pelo Governo Federal para lidar com os avanços dos casos de dengue no Brasil.
Bairros com maior incidência
Entre os bairros com registros de casos da doença aparecem Jardim Silvânia, Jardim Primor, Vale do Sol, Jardim Botânico, Valle Verde, Jardim Parati, Victório De Santi, Vila Xavier, Jardim Bela Vista, Jardim Paraíso, Vila Santa Maria, Cecap, Santa Angelina, Jardim Brasil, Vila Ferroviária, Águas do Paiol e Jardim das Flores.
Os dados foram apresentados pela Coordenadora Executiva de Vigilância em Saúde, no dia 30 de janeiro, em resposta ao requerimento do vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos).
Segundo o parlamentar, é importante que cada um cuide do seu quintal, “porém, o poder municipal deve dar o exemplo com a manutenção dos logradouros e áreas públicas, o que, infelizmente, não temos visto ao andar pelas ruas da cidade”.
“Praças, sarjetas, parques e canteiros centrais com o mato alto acabam virando alvos constantes de descartes irregulares. Os recipientes jogados e escondidos em meio ao mato acumulam água e favorecem a reprodução do mosquito transmissor da dengue. Além disso, com o período de chuvas, os buracos profundos nas ruas também acumulam água e contribuem com o problema”, complementa o vereador.
Veja o documento completo, AQUI.
Ações de combate
Ainda de acordo com a Coordenadora Executiva de Vigilância em Saúde, medidas são adotadas durante todo o ano em Araraquara, com cerca de 50 mil visitas por mês em imóveis residenciais e comerciais para eliminação de possíveis criadouros e orientações à população. “Foram 673 mil visitas a imóveis em 2023”.
“As vistorias contam com apoio da Cooperativa Vitória, com 90 cooperados que retiram os materiais inservíveis encontrados, em média são 50 toneladas recolhidas por mês. Em casos suspeitos ou confirmados da doença, é realizada a atividade de bloqueio e controle de criadouros em área delimitada e, posteriormente, iniciada a atividade de bloqueio e nebulização para eliminação do vetor e contenção da transmissão da doença”, disse em resposta ao requerimento.
Também são vistoriados, segundo a coordenadoria, imóveis com possíveis criadouros, como ferros-velhos, borracharias e grandes recicladores. “Denúncias recebidas por meio de ouvidoria são verificadas”.
“Todos os imóveis do Município são vistoriados pelo Controle de Vetores: residenciais, comerciais, públicos ou privados”, relatou a coordenadoria.
Locais cadastrados como “Imóveis Especiais”, com grande circulação de pessoas, e como “Pontos Estratégicos”, que possuem muitos materiais e necessitam de atenção ou tratamento adequado, costumam receber “vistoria por equipe específica com periodicidade bimestral e quinzenal”, de acordo com a Prefeitura.
Mi-Aedes
Araraquara ainda conta com o Sistema de Monitoramento de Armadilhas Mi-Aedes, em parceria com a empresa Ecovec, que fornece relatórios semanais sobre a infestação por mosquitos Aedes aegypti, a positividade do vetor das principais arboviroses, como dengue, zika e chikungunya e os sorotipos identificados, tipos 1, 2, 3 e 4.
“Uma equipe também realiza atividades educativas e de mobilização social nas diversas esferas da sociedade (empresas públicas e privadas, escolas, universidades, líderes de bairros, comércios, entre outros)”, finalizou.
Denúncias
O morador que identificar imóveis e outros locais problemáticos, pode entrar em contato com o Controle de Vetores e a Ouvidoria da Vigilância em Saúde.
Telefones:
“Este é um momento que exige antecipação e alerta. Teremos que fazer um grande esforço nacional, a partir de uma atuação conjunta, para combater o vetor da doença e para conscientizar a população quanto aos cuidados que devem ser mantidos nos lares, já que 75% da transmissão ocorre dentro das casas. Estamos voltados para a dengue, mas nos manteremos vigilantes também com as outras arboviroses transmitidas pelo mosquito", ressaltou a ministra Nísia Trindade durante a reunião online sobre o enfrentamento à dengue.
