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14/04/2021 às 18h11min - Atualizada em 14/04/2021 às 18h11min

Vereadores apontam problemas em serviço terceirizado de ambulâncias e empresa contesta

Vereadores fizeram visita na Master Med sexta-feira (9); empresa afirma que tem todos os controles exigidos pela Vigilância Sanitária

Redação
Os vereadores Marchese da Rádio e Lineu de Assis apontaram na tarde desta quarta-feira (14) que a empresa terceirizada Master Med, que presta o serviço terceirizado de transporte de pacientes para a Prefeitura de Araraquara, não estaria cumprindo os protocolos sanitários ideais para prevenção do coronavírus. Sobre a afirmação, a direção da empresa afirma que sempre atua com total cuidado e tem todos os controles de sanitização exigidos pela Vigilância Epidemiológica. A Prefeitura diz que vai apurar a denúncia

Duas visitas

Os parlamentares da Câmara de Araraquara vistoriaram primeiro as instalações e veículos do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que realiza o transporte de pacientes com a Covid-19. A visita foi feita na sexta-feira (9) e por lá os vereadores não encontraram problemas. Das 15 ambulâncias, duas seriam utilizadas exclusivamente para atendimentos de pacientes com suspeita da doença. Ainda segundo eles, os veículos e a sede passam por processos constantes e rigorosos de higienização, além da maioria dos produtos de uso individual ser descartável, como os copos, por exemplo. Atualmente, dos 120 funcionários, cinco possuem comorbidades e estariam afastados, por segurança. “Mesmo com todo o rigor de higienização e sanitização, houve um caso de óbito de um funcionário da instituição e outro que adquiriu a doença, mas, passa bem. Isso é importante a gente lembrar”, ressalta o vereador Marquese.

Já na Master Med, que também atende os pacientes com coronavírus, os vereadores fizeram alguns apontamentos. De acordo com os parlamentares, a empresa não tem controle das sanitizações realizadas e não possui local próprio para descartar lixo contaminado, colchões impermeáveis para descanso ou oferece copos descartáveis para a equipe. 
Sobre o caso, a empresa destacou que "sempre atua com total cuidado aos pacientes e sempre dentro de todos os protocolos de segurança", além de assegurar que existem todos os controles de sanitização. Ainda conforme informado pela empresa, "o descarte do lixo contaminado é feito em local apropriado". O material seria, inclusive, recolhido pelo Daae, duas vezes na semana.

Ainda de acordo com os vereadores, os funcionários da empresa não teriam sido testados para a Covid-19 com regularidade e não passaram por treinamento para uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI's). Como resposta, a empresa disse que todos os funcionários foram testados para Covid, inclusive com controle no setor de RH, além de aferição de temperatura e avaliação constante dos colaboradores.

Sobre a situação, por meio de requerimento, os vereadores pedem informações sobre o contrato firmado com a prestadora de serviços de saúde, além dos documentos de alvará das viaturas, comprovantes de vacinação contra a Covid-19 e requerem uma vistoria da Vigilância Sanitária. Os parlamentares também querem a reserva de pelo menos um veículo para atendimento exclusivo de pacientes com suspeita da doença. A empresa também informou que todas as viaturas, assim como a sede, possuem o alvará da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e demais documentações. 

Com isso, a Prefeitura de Araraquara tem um prazo inicial de 15 dias para responder aos questionamentos. Segundo o vereador Lineu, “esse é um caso sério e que será acompanhado de perto. Se a Prefeitura não tomar providências quanto aos problemas que encontramos, vamos procurar o Ministério Público do Trabalho (MPT)”.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Saúde informa que vai averiguar se a situação procede para tomar as providências cabíveis, já que não é essa a orientação da gestão da Saúde.

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