O inverno é responsável por diversas mudanças comportamentais, mas principalmente pela diminuição no hábito de beber água. Segundo o cirurgião dentista Oscar Muñoz, esse período do ano e a desidratação são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome da boca seca.
“Também chamada de xerostomia, a condição surge quando há pouca lubrificação por baixa salivação das mucosas, geralmente em razão de menor consumo de água ou pela exposição a ventos frios que provoquem o ressecamento da mucosa da boca, embora medicamentos, estresse e doenças também sejam desencadeantes.”
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Muñoz também alerta que a síndrome pode aumentar o potencial de problemas bucais, pois a saliva possui uma série de componentes que aumentam a imunidade e lubrificação dessas mucosas, prevenindo a aderência de uma variedade de doenças.
“Então, uma condição de boca seca pode até mesmo contribuir para o agravamento da Covid-19, pois com menos saliva, haverá menos proteínas como as imuglobinas, responsáveis pela imunidade da mucosa oral e que combatem a entrada e replicação do vírus no seu organismo.”
O especialista ainda lembra que a estação pede mais cuidados em relação à saúde no geral, pois as baixas temperaturas também contribuem para casos de sinusite (muito confundidos com dores nos dentes superiores); ardência bucal (também provocada pelo ressecamento das mucosas); além de maior sensibilidade dentária.
Dessa forma, Muñoz explica que a prevenção ainda é a melhor maneira de lidar com esses problemas.
“A recomendação no geral é manter um consumo regular de água, embora pacientes mais propensos a terem a boca seca também possam realizar uma lavagem frequente das mucosas com soro. Lembrando, é claro, de nunca descuidar das medidas de higiene bucal, como escovação, fio dental e bochecho”.