Os servidores municipais da Educação decidiram, nesta sexta-feira (24), por fim a greve da categoria, após 172 dias de paralisação. Segundo o SISMAR, a decisão foi motivada pelo acordo ajustado entre o Sindicato e a Prefeitura.
Os profissionais devem retornar às atividades presenciais na próxima segunda-feira (27). Em nota o Sindicato avaliou que a maior conquista da greve foi proteger a comunidade escolar.
“Após 172 dias de luta pela vida, a consciência, a coragem e a disposição venceram e os grevistas voltam ao trabalho de cabeça erguida, sem quaisquer prejuízos, com seus direitos garantidos e com muito orgulho de ter protegido incontáveis vidas neste período”, diz a nota.
Ainda de acordo com o SISMAR, não haverá desconto dos dias de paralisação e todos os benefícios , incluindo a pontuação e classificação de servidores para fins de remoção e atribuição de aulas, estão garantidos aos grevistas no acordo com a Prefeitura. Durante a negociação, o executivo também comunicou que iniciou processo de compra de máscaras PPF2 para os servidores da Educação, que era uma das principais exigências da categoria para o retorno presencial.
“Apesar da evidente tensão gerada pela greve, seja pelo fato de alunos estarem sem aulas, seja pelo risco que a doença representa, estes seis meses de greve também foram tempos de formação para os grevistas e para a diretoria do SISMAR, que tiveram a oportunidade de ouvir e conversar sobre covid-19, sobre Educação, sobre luta de classes, sobre sindicalismo e sobre outros temas, com dezenas de especialistas renomados, professores doutores, pesquisadores, políticos e dirigentes de centrais e federações sindicais”, relata a nota do SISMAR.
A nota ainda diz que “sem dúvida, a partir de segunda-feira, haverá nas escolas um exército de 200 servidores muito mais bem informados do que no começo da greve, conversando com seus pares e, principalmente, prontos para fiscalizar o ambiente escolar, porque a proteção da vida ainda é prioridade e a greve só foi suspensa. Se não houver respeito às regras sanitárias, se comprovadamente não houver segurança sanitária na escola, a greve pode voltar”.
Pelo termo de conciliação assinado nesta sexta-feira (24) entre a Prefeitura e o SISMAR, ficou estabelecido que:
Fonte: SISMAR