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24/09/2021 às 21h53min - Atualizada em 24/09/2021 às 21h53min

Servidores da Educação suspendem greve em Araraquara

Paralisação durou 172 dias

Foto: SISMAR

Os servidores municipais da Educação decidiram, nesta sexta-feira (24), por fim a greve da categoria, após 172 dias de paralisação. Segundo o SISMAR, a decisão foi motivada pelo acordo ajustado entre o Sindicato e a Prefeitura.

 

Os profissionais devem retornar às atividades presenciais na próxima segunda-feira (27). Em nota o Sindicato avaliou que a maior conquista da greve foi proteger a comunidade escolar.


 

Após 172 dias de luta pela vida, a consciência, a coragem e a disposição venceram e os grevistas voltam ao trabalho de cabeça erguida, sem quaisquer prejuízos, com seus direitos garantidos e com muito orgulho de ter protegido incontáveis vidas neste período”, diz a nota.

 

Ainda de acordo com o SISMAR, não haverá desconto dos dias de paralisação e todos os benefícios , incluindo a pontuação e classificação de servidores para fins de remoção e atribuição de aulas, estão garantidos aos grevistas no acordo com a Prefeitura. Durante a negociação, o executivo também comunicou que iniciou processo de compra de máscaras PPF2 para os servidores da Educação, que era uma das principais exigências da categoria para o retorno presencial.


Apesar da evidente tensão gerada pela greve, seja pelo fato de alunos estarem sem aulas, seja pelo risco que a doença representa, estes seis meses de greve também foram tempos de formação para os grevistas e para a diretoria do SISMAR, que tiveram a oportunidade de ouvir e conversar sobre covid-19, sobre Educação, sobre luta de classes, sobre sindicalismo e sobre outros temas, com dezenas de especialistas renomados, professores doutores, pesquisadores, políticos e dirigentes de centrais e federações sindicais”, relata a nota do SISMAR.

 



A nota ainda diz que “sem dúvida, a partir de segunda-feira, haverá nas escolas um exército de 200 servidores muito mais bem informados do que no começo da greve, conversando com seus pares e, principalmente, prontos para fiscalizar o ambiente escolar, porque a proteção da vida ainda é prioridade e a greve só foi suspensa. Se não houver respeito às regras sanitárias, se comprovadamente não houver segurança sanitária na escola, a greve pode voltar”.

 

Pelo termo de conciliação assinado nesta sexta-feira (24) entre a Prefeitura e o SISMAR, ficou estabelecido que:

 

  • O valor que foi descontado do salário dos grevistas no início do movimento, referente ao período entre os dias 5 e 18 de abril, será pago pela Prefeitura.
  • Os servidores que tiveram o desconto destes dias, e que serão ressarcidos, deverão repor as horas referentes exclusivamente a estes dias de abril, mediante planejamento.
  • A Prefeitura comunicará o TRT sobre o acordo firmado, para suspender o julgamento e arquivar o mandado de segurança que envolvia a questão de desconto de salário dos grevistas.
  • O SISMAR comunicará o MPT sobre o acordo firmado para requerer a extinção da ação civil pública, também sobre os descontos, que tramita na Vara do Trabalho.
  • Os servidores suspendem a paralisação e retornam ao trabalho presencial a partir de segunda-feira, 27 de setembro.
  • A Prefeitura garante todos os benefícios e vantagens aos grevistas, inclusive pontuação e classificação de servidores para fins de remoção e atribuição de aulas.


 

Fonte: SISMAR


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