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12/05/2020 às 13h00min - Atualizada em 12/05/2020 às 11h30min

Em proporção populacional, Araraquara faz dobro de testes de Covid-19 que o Brasil

A quantidade de testes de pacientes com suspeita do novo coronavírus feita em Araraquara é mais que o dobro da registrada em todo o Brasil, quando analisada a proporção para cada milhão de habitantes. Isso se deve à parceria com a Faculdade de Farmácia da Unesp, o que possibilita testes em todos os pacientes sintomáticos.

Até o momento, Araraquara já realizou 765 testes, considerando apenas a rede pública. Isso representa 3.240 testes por milhão de habitantes — o município possui população estimada de 236.072 pessoas. Ou seja, se Araraquara tivesse 1 milhão de habitantes, na mesma proporção, 3.240 pessoas já teriam sido testadas.

Os dados de todo o Brasil apontam para 1.597 testes a cada milhão de habitantes. O protocolo do Ministério da Saúde exige diagnósticos em pacientes internados e em profissionais de saúde, mas Araraquara saiu na frente e passou examinar também os pacientes com sintomas leves e que procuram a UPA da Vila Xavier.

A testagem da população é essencial para um melhor diagnóstico da transmissão da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, como explica a secretária de Saúde, Eliana Honain.

“O teste é fundamental. É muito importante para saber as pessoas que estão doentes sem complicações e estão circulando nas ruas, com risco de transmissão. Podemos monitorar os doentes precocemente, evitando complicações e a circulação do vírus na cidade”, afirma Eliana.

Segundo a secretária, as complicações decorrentes da Covid-19 costumam aparecer a partir do 7º dia. O diagnóstico mais cedo, portanto, pode salvar vidas — do próprio paciente e de pessoas que deixaram de se contaminar.

O Polo de Atendimento Estratégico do Coronavírus, na UPA da Vila Xavier, está fazendo testes de coronavírus em todos os pacientes que procuram a unidade com algum sintoma gripal. O Município realiza cerca de 50 testes diariamente, com capacidade de envio de até 60 exames.

Caso seja necessário, a Prefeitura poderá aumentar o número de testes. “Isso coloca Araraquara em uma situação diferenciada em relação a outras cidades”, explica Eliana.

Antes da parceria com a Unesp, a Prefeitura — assim como grande parte dos municípios paulistas — enviava suas amostras para o Instituto Adolfo Lutz, mas a alta demanda gerava atrasos de mais de uma semana na devolução dos resultados, comprometendo o monitoramento da doença na cidade. Já a Unesp envia os diagnósticos entre 12 e 48 horas após receber o material colhido dos pacientes.


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