Os quatro reús do caso da boate Kiss foram condenados nesta sexta-feira (10), depois de dez dias de julgamentos e nove anos depois do acontecimento. Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Lodeiro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão foram os sentenciados pelo Tribunal do Júri do Foro Central de Porto Alegre.
As condenações
Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate: 22 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Mauro Lodeiro Hoffmann, sócio da boate: 19 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Luciano Augusto Bonilha, auxiliar da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual
As penas seriam cumpridas em regime fechado, porém o Tribunal de Justiça concedeu um habear curpus preventivo para um dos reús e, com isso, foi suspensa a execução da pena dos quatro.
O caso da boate Kiss
A tragédia da boate Kiss deixou 242 pessoas mortes e outras 636 ficaram feridas. Tudo começou no palco, onde se apresentava a Banda Gurizada Fandangueira e depois o fogo se alastrou, provocando muita fumaça tóxica. Um dos membros disparou um artefato pirotécnico, atingindo o teto do prédio, que entrou em chamas.
O acontecimento marcou a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e abalou todo o país. A boato tinha apenas uma porta de saída desobstruída e os bombeiros e populares tentavam abrir outras passagens quebrando muros. Porém, a demora acabou sendo trágica e centenas de pessoas morreram, principalmente jovens.
A maioria morreu por conta da inalação de fumaça tóxica, do isolamento acústico do teto que era formada por espuma inflamável, algo incompatível com normas de segurança modernas.