A USP - uma das Universidades mais concorridas do país – realizará a segunda fase nos dias 16 e 17 de janeiro. E, boa parte dos estudantes aprovados na 1ª fase, agora têm dedicado os últimos dias antes do exame, a revisões e a resolução de exercícios de provas anteriores. Sem dúvidas, o que mais preocupa os candidatos a uma vaga na USP é a prova de redação, pois são criadas expectativas em relação ao tipo de proposta temática.
No primeiro dia de exame, será aplicada a prova de redação e de Língua Portuguesa para todos os candidatos, sendo esta última composta por 10 questões, das quais 6 envolvem gramática e texto e 4 dizem respeito à leitura de obras literárias, cuja lista é divulgada pela banca com antecedência. A prof.ª Ana Paula Franzini Otrenti alerta para a necessidade de uma atenção especial e domínio do português durante o exame.
“É imprescindível que o candidato saiba interpretar o solicitado em cada questão, sem fazer rodeios para argumentar a resposta, além de tomar muito cuidado com rasuras e desorganização na hora de responder às perguntas, sempre escrevendo apenas no espaço referente a cada item”, explica.
Importância do desenvolvimento da redação
A redação é a parte da prova que concede mais pontos no resultado, logo é preciso que a composição do conteúdo escrito contenha um desenvolvimento objetivo e com bom repertório argumentativo, pautado em analogias. A professora, que é especialista em teorias linguísticas, orienta que o candidato se mantenha atento a alguns critérios que garantem pleno domínio argumentativo e que são comumente considerados pelos corretores.
“Existe ainda um mito de que a redação não pode conter rasuras, pois resulta descontos na pontuação final, mas essa informação não procede, já que diversas provas anteriores apresentaram rasura e mesmo assim atingiram a nota máxima. A única dica nesse caso é nunca ultrapassar as 30 linhas oferecidas para o texto. Ademais, não se deve esquecer do título, que deve ser escrito sem ponto final”, comenta Ana Paula.
Estudar é essencial
Dessa forma, a preparação para a segunda fase deve ter um foco especial às questões que envolvam o uso do português. “A forma mais eficiente de entender o funcionamento do vestibular é estudar provas anteriores, fazendo inclusive simulações de tempo, como se fosse o dia do exame”, afirma a professora Ana.
Com isso, explica que o vestibulando o qual entende o perfil da banca, coloca em prática seus conhecimentos e foge da armadilha de focar apenas no conteúdo teórico das disciplinas. “Advirto ainda que, mesmo que não se saiba a resposta, todas as questões sejam respondidas, ao menos com algum conteúdo minimamente relacionado.”