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14/04/2022 às 10h53min - Atualizada em 14/04/2022 às 10h53min

Reclamação: Transporte casa a casa gera reclamações de cadeirantes em Araraquara

Defensoria Pública foi acionada

Direto da Redação

O retorno, pós-pandemia, do transporte casa a casa para cadeirantes em Araraquara, tem gerado reclamações. Segundo o presidente da União dos Deficientes Físicos de Araraquara (Udefa), César Augusto Ferreira, além do número de veículos ter sido reduzido, os usuários necessitam de acompanhantes durante o trajeto. O grupo acionou a Defensoria Pública para buscar respostas por parte do Consórcio Araraquara de Transporte (CAT).

 

Hoje, eles pedem para gente, mesmo a pessoa conseguindo se locomover sozinha, um acompanhante para andar nos ônibus. Como uma pessoa vai levar um acompanhante se ela está trabalhando? O acompanhante vai ao trabalho e espera até as 18h? Quem não tem condições de andar sozinho, eu acho que precisa de acompanhante, mas quem tem autonomia, não precisa”, explica.

 

O documento da Defensoria Pública elenca uma série de questões com relação a usuários atendidos, veículos disponíveis e itinerários, além de ressaltar a necessidade de acompanhante imposta com o retorno do atendimento.

 

...com a retomada gradual dos atendimentos seletivos na área da saúde e em outros setores, o serviço de transporte foi retomado, mas, de acordo com os usuários, novas exigências foram impostas, como, por exemplo, a obrigatoriedade de um acompanhante, mesmo para pessoas que não tenham qualquer impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, à locomoção individual”, diz um trecho do documento.


 

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O presidente da UDEFA ressaltou que o serviço é importante para os cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, pois a “cidade não é adaptada, não dá pedalar a cadeira de rodas cerca de 400, 500 metros, até chegar ao ponto de ônibus”, ressalta.

 

Eles forçam a gente para utilizar os ônibus coletivos adaptados, mas nem sempre o motorista está disponível para abaixar a rampa, nos pontos. Às vezes a gente fica para trás”, reforçou.

 

Outra questão apresentada no documento da Defensoria Pública é com relação ao número de veículos adaptados, no serviço casa a casa.

 

...antes da pandemia eram utilizados quatro micro-ônibus e um veículo adaptado para atender a demanda, o que já se mostrava insuficiente; atualmente, pelo que fora asseverado, somente dois veículos são utilizados na prestação do serviço”.

 

Prefeitura

 

Por meio de nota a assessoria de imprensa da Prefeitura ressaltou que de acordo com a Ordem de Serviço do Transporte Social, de 11 de abril de 2016, "este serviço é ofertado apenas para pessoas deficientes, que necessitem de acompanhante e não tenham independência de locomoção, não podendo ser transportada sem o seu acompanhante".

A nota ainda diz que, acordo com o Art 1º da lei Municipal 8747 de 30 de junho de 2016, "É garantido à pessoa carente, portadora de deficiência, a gratuidade da passagem do transporte coletivo urbano em Araraquara". Dessa forma, a pessoa com deficiência que possua independência de locomoção, pode utilizar gratuitamente todos os veículos convencionais do transporte público de Araraquara (todos são devidamente adaptados).

 

Os demais questionamentos sobre a diminuição do número de veículos, no serviço porta a porta, bem como as reclamações sobre as condições dos ônibus coletivos para atender as pessoas com deficiência, não foram respondidos.


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