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03/06/2022 às 08h53min - Atualizada em 03/06/2022 às 08h53min

Com quinto aumento consecutivo, cesta básica araraquarense custou R$940 em maio

Custo médio da cesta básica em Araraquara representa 77,6% do salário mínimo

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O valor médio da cesta básica em Araraquara apresentou aumento de 1,12% em maio de 2022, segundo a pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara. O custo médio da cesta, que em abril deste ano era de R$ 929,82, passou para R$ 940,20 – encarecimento de R$ 10,37.


No período, o grupo de limpeza doméstica apresentou a maior elevação percentual em relação a abril, com alta de 4,11%. Na sequência, aparecem os itens de higiene pessoal, que subiram 1,48%, e os de alimentação, com inflação de 0,83%.

 

No mesmo mês, os produtos com maior variação percentual foram: cebola (39,1%), salsicha avulsa (8,4%), queijo muçarela (6,8%), leite em pó (6,5%) e sabão em pó (6%). E as principais quedas percentuais foram: batata (-16,4%), alho (-7,3%), frango resfriado (-1,8%), farinha de mandioca torrada (-1,4%) e arroz branco (-0,9%).

 

O aumento que mais impactou o bolso do consumidor veio do queijo muçarela, que elevou o custo da cesta analisada em R$ 2,54. Na outra ponta, o alho foi o produto que mais reduziu em termos reais, provocando uma redução de R$ 1,89 no custo médio da cesta.

 

Após um breve arrefecimento em abril, o preço médio da cebola também voltou à trajetória de alta, iniciada ainda em outubro de 2021.

 

Devido à sazonalidade da safra, o segundo trimestre do ano é marcado pelo maior preço de comercialização do bulbo que, este ano, registra menor quantidade de importação devido ao câmbio desfavorável e ao encarecimento do transporte internacional”, destaca Icaro Zancheta, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio.

 

Captado por meio dos preços do queijo muçarela e do leite em pó, que registraram elevação de 6,8% e 6,5% em maio, respectivamente, o encarecimento do leite ocorre devido a menor oferta justificada pelos elevados custos de produção e diminuição dos investimentos no setor.

 

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos derivados lácteos seguem em alta e o abastecimento do mercado interno ainda sofre com a queda nas importações e o avanço nas exportações do leite”, diz Zancheta.

 

Inflação acumulada

 

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a cesta básica encareceu R$95,58 – o que corresponde a 11,32%. Entre os grupos de produtos, todos apresentaram encarecimento. Os itens de limpeza doméstica registraram alta de 20,87% ou R$ 11,35; os de alimentação subiram 10,88% – com o maior impacto financeiro, de R$76,50; e o grupo de higiene pessoal ficou 8,86%, ou R$ 7,73, mais caro.

 

Entre os produtos que apresentaram maior alta acumulada entre janeiro e maio deste ano foram: cebola (56,5%), batata inglesa (55,3%), ovo branco (36,6%), feijão carioca (34,4%) e queijo muçarela (32,5%). Somente a carne de primeira – contrafilé apresentou redução de preço nos primeiros meses de 2022, com queda de 2%.

 

Já a variação acumulada em 12 meses para o custo total da cesta foi de 17,98% – encarecimento de R$ 143,28.

 

Salário mínimo

O custo médio da cesta básica em Araraquara representa atualmente 77,6% do salário mínimo. O valor é 0,9 pontos percentuais acima do registrado no mês anterior, de 76,7%, e 5,2 pontos percentuais acima do registrado no mesmo mês do ano anterior, isto é, em maio de 2021, quando o valor da cesta básica representava 72,4% do salário mínimo vigente à época. Em maio de 2020, período inicial da pandemia, a cesta básica custava, em média, R$ 645,33 e representava 61,8% do salário mínimo do araraquarense.

 

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, para um trabalhador que recebe o piso nacional vigente de R$ 1.212,00, em maio, ficou em 170 horas e 39 minutos, aproximadamente. Essa jornada é superior ao mês anterior, abril, quando eram necessárias 168 horas e 46 minutos de trabalho para consumir a mesma quantidade de produtos.

 

 

Considerações

 

Apesar da recente desaceleração da inflação dos alimentos observada tanto nos números de Araraquara como também nos dados nacionais, a trajetória altista no preço dos itens de alimentação continua causando preocupação aqui e em muitos outros países.

 

A forte elevação nos custos de produção das lavouras brasileiras, a menor produtividade das safras em decorrência dos problemas climáticos e o incentivo às exportações motivadas pelo câmbio valorizado são alguns dos fatores que pressionam os preços pelo lado da oferta. Por outro lado, o consumo interno segue restrito em função da queda do poder aquisitivo dos consumidores e da atividade econômica enfraquecida. Confira a pesquisa completa Aqui.
 

Fonte: Sincomércio Araraquara


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