18/10/2024 às 20h36min - Atualizada em 18/10/2024 às 20h36min

Financiamento Imobiliário: novas regras criam desafios para realização do sonho da casa própria

Veja o que muda

Direto da Redação
Agência Brasil
Foto Ilustrativa/Paulo Carvalho por Agência Brasília



 

A partir de 1º de novembro, novos desafios se apresentam para aqueles que buscam financiar imóveis pela Caixa Econômica Federal. Com o aumento das restrições na concessão de crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), os mutuários terão que se adaptar a um cenário mais exigente.

 

 

Aumento no valor da entrada

 

Para quem optar pelo sistema de amortização constante (SAC), a entrada passará de 20% para 30% do valor do imóvel. Já no sistema Price, onde as parcelas são fixas, o percentual exigido subirá de 30% para 50%. Além disso, a Caixa só permitirá a liberação de crédito para aqueles que não possuírem outros financiamentos habitacionais ativos com o banco.

 

Outra medida significativa é a limitação do valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE, que será fixado em R$ 1,5 milhão em todas as modalidades. Embora atualmente o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) esteja restrito a imóveis com esse valor, as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não tinham teto, o que mudará a partir de agora.

 

 

Essas mudanças, segundo a Caixa, se aplicam apenas a futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos já financiados pelo banco. É importante notar que a Caixa concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e representa 48,3% das contratações do SBPE.
 

 

Em justificativa, a instituição explicou que as restrições visam equilibrar a carteira de crédito habitacional, que já superou o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao ano anterior, refletindo a alta demanda por financiamentos.

 

Com essas novas regras, os mutuários devem se preparar para um ambiente mais rigoroso no financiamento habitacional, tornando ainda mais essencial o planejamento financeiro e a busca por alternativas viáveis no mercado imobiliário.

 

A Caixa afirma que continua estudando medidas para ampliar o atendimento da demanda, participando de discussões com o mercado e o governo para encontrar novas soluções que possibilitem a expansão do crédito imobiliário no país.


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