A adesão a determinadas terapias medicamentosas muitas vezes é imprescindível para a manutenção do bem-estar e até mesmo da vida de alguns pacientes cardiológicos. Segundo a Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), a cada três receitas prescritas, pelo menos uma é abandonada.
Para o cardiologista Yuri Brasil, a dificuldade ou descompromisso com as medicações muitas vezes podem ser associadas a não compreensão da gravidade do quadro.
“Uma situação que precisa ser reforçada pelos médicos em geral, pois a correta ingestão dos medicamentos não auxilia apenas no controle de doenças, mas também na prevenção de possíveis complicações.”
O especialista cita como exemplo os pacientes que realizaram uma cirurgia de angioplastia (que permite abrir uma artéria muito estreita ou bloqueada pelo acúmulo de colesterol).
“Nesses quadros é preciso tomar comprimidos que afinem o sangue, chamados de antiplaquetários, do contrário, pode-se desenvolver trombose e consequentemente infarto ou óbito.”
Com a ajuda do cardiologista, o paciente saberá exatamente quais medicações tomar, em que quantidade e com qual intervalo. Em determinados casos, a recomendação de uma posologia diária, ou seja, a cada vinte e quatro horas, também ajuda. Diferente de receitas espalhadas que precisariam ser tomadas duas ou até três vezes por dia e em períodos diferentes.
“Outros aspectos que também podem auxiliar na melhor aderência de uma rotina medicamentosa pelo paciente são o estabelecimento de uma relação de confiança com o responsável pelas prescrições médicas, além do apoio e acompanhamento conjunto da família da pessoa em questão”, orienta Dr. Brasil.