Por Rian Fernandes
O governador de São Paulo João Dória (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (24) o plano gradual do retorno às aulas, tanto na rede estadual como na municipal. A retomada, que deve acontecer em três tapas, vale para todos os setores educacionais, desde o ensino infantil até o superior.
"O plano foi construído levando em consideração o estado da pandemia em São Paulo e também os exemplos internacionais. Quero agradecer o esforço de pais, mães, avós, vizinhos, amigos que estão fazendo de tudo para acompanhar o ensino", disse o governador.
A volta será feita em três etapas, começando em 8 de setembro:
Etapa 1 (a partir de 8 de setembro) - 35% dos alunos de forma presencial, em esquema de revezamento;
Etapa 2 (sem data definida) - Até 70% dos alunos;
Etapa 3 (sem data definida) - Até 100% dos alunos
"Todas as decisões serão compartilhadas com o Comitê de Saúde do Estado de São Paulo, para garantir prevenção e segurança a alunos, professores e funcionários da rede pública e da rede privada de ensino em São Paulo", afirmou João Dória.
As aulas no Estado de São Paulo estão suspensas presencialmente desde o dia 23 de março. O ano letivo foi retomado no final de abril para estudantes da rede estadual com ensino à distância por meio de aplicativos e dos canais digitais da TV Univesp. O secretário da Educação, Rossieli Soares, fez questão de deixar claro o início da medida ainda depende que todas as regiões estejam por pelo menos 28 dias na Fase 3 do Plano São Paulo. O retorno total dos alunos nas salas de aula, no entanto, só acontecerá quando todas as regionais de ensino estiverem na Fase 4 do programa.
Protocolos de volta às aulas presenciais
Entre os protocolos do retorno para as aulas presenciais estão medidas de distanciamento social, higiene pessoal e sanitização dos ambientes. Além disso, procedimentos de comunicação, como o aviso aos familiares estudantes da volta às aulas com sete dias de antecedência, e de monitoramento devem ser adotados.
De acordo com a apresentação, as medidas foram construídas em diálogo com secretarias estaduais, inclusive, da Saúde, municípios, universidades públicas (USP, Unicamp, Unesp e Univesp) e instituições privadas.
O plano de retomada da Educação considera as experiências obtidas por sete países, sendo África do Sul, Alemanha, Chile, China, Dinamarca, França e Holanda.
Vale lembrar ainda que os protocolos da educação complementar seguem as características do Plano São Paulo, inclusive, com referente a capacidade.
Passos a serem feitos nos próximos meses
Conforme a apresentação feita pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, existem mais seis passos que devem ser feitos nos próximos meses em prol da retomada, como a identificação de grupos de risco, fornecimento de EPIs, termômetros e demais insumos aos estudantes e profissionais e a preparação da equipe escolar para uma volta segura.
Além disso, uma construção de planos individuais para a recuperação da aprendizagem de estudantes deve ser realizada, assim como a produção do material didático. O Governo do Estado de São Paulo também trabalha com a alternativa da criação do "4º Ensino Médio", que seria optativo aos estudantes concluintes de 2020 que pretendam mais um ano de preparação para o ingresso no ensino superior.