A gigante da indústria farmacêutica Pfizer anunciou nesta quarta-feira (01) que sua vacina experimental contra o coronavírus, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia BioNTech funciona. A afirmação vem depois que vários testes demonstraram, segundo a empresa, resultados positivos em humanos.
Segundo relatório de divulgação, a vacina é capaz de estimular a produção de anticorpos capazes de produzir boa resposta contra a doença. Em doses mais altas, porém, apresentou efeitos colaterais como febre e distúrbios do sono, por exemplo.
A Pfizer infornou que 45 voluntários receberam três doses da vacina ou placebo. Na distribuição, 12 dos voluntários tiveram a aplicação de uma dose de 10 microgramas, outros 12 de 30 microgramas, mais 12 receberam 100 microgramas e 9 tiveram aplicadas vacinas com placebos, sem nenhum medicamento. Foi justamente nas aplicações com doses mais altas que pacientes acabaram desenvolvendo febre. Cerca de metade dos voluntários. Até por esse motivo eles não receberam uma segunda dosagem da vacina.
Os demais tiveram a aplicação da segunda dose três semanas depois. Nessa fase, 75% dos pacientes que tomaram dose de 30 microgramas tiveram febre. 8,3% daqueles com a aplicação de 10 microgramas também tiveram elevação da temperatura do corpo. Ninguém precisou de hospitalização.
Segundo resultado da pesquisa a vacina conseguiu, em alguns casos, neutralizar a Covid-19 e na maioria deles fazer o corpo humano produzir anticorpos para combater a doença. Ainda são necessários mais alguns testes nos próximos meses para que seja comprovado que, quem tomou a vacina está, pelo menos, 50% menos vulnerável a doença.
A informação foi divulgada pela Medrxiv, que é o principal divulgador de descobertas científica. Ainda é necessária a publicação em um jornal científico.
Até o final desse ano, se tudo der certo, a Pfizer espera produzir até 100 milhões de doses. Até o final do ano que vem, esse número pode ultrapassar a marca de um bilhão de doses da vacina.
