14/09/2022 às 15h42min - Atualizada em 14/09/2022 às 15h42min
Governo Bolsonaro corta 60% da verba do programa Farmácia Popular
Alertado por integrantes da campanha do risco eleitoral, presidente pediu para rever medida
Agência Brasil O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) reduziu a verba para distribuição gratuita de medicamentos e produtos do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros. O corte é de 60% no orçamento para 2023.
Enquanto ceifa os recursos que custeiam 13 tipos de remédios, a peça orçamentária do ano que vem mantém o chamado orçamento secreto, criado para garantir recursos e emendas parlamentares para deputados aliados do governo. O programa é criticado por falta de transparência e possibiidade de rastrear recursos, beneficiários e até mesmo quem destinou o dinheiro público.
Hoje, temendo a repercussão negativa e o desgaste em sua campanha pela reeleição, Bolsonaro periu para sua equipe econômica reverter a situação com apoio do Ministério da Saúde.
A informação do corte foi revelada pelo jornal "O Estado de São Paulo". Segundo o periódico, a redução seria de R$ 2,04 bilhões para R$ 804 milhões, representando uma queda de 60%, que afetaria a distribuição dos remédios para a população de baixa renda, alguns usados nos tratamentos de diabetes, hipertensão e asma.
Estavam na lista de corte do presidente seis dos remédios para o controle da hipertensão: Atenolol, Captopril, Cloridrato de Propranolol, Losartana Potássica, Hidroclorotiazida e Maleato de Enalapril. Os princípios ativos são moléculas de uma substância que possuem efeito terapêutico. A informação foi divulgada pela ProGenéricos, associação que reúne os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização no País.
O deputado federal e integrante da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), André Janones, estava usando suas redes sociais, com alto engajamento, para repercutir a questão e claro, jogar a culpa no presidente.