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Celebrado anualmente em 29 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram o tabagismo como a principal causa de morte evitável no mundo, com mais de 60% dos óbitos por doenças crônicas não transmissíveis estando relacionados ao fumo.
Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, essa relação também se explica devido ao fato de os cigarros estarem diretamente interligados com grande parte dos cânceres de pulmão, além de serem ainda um fator de risco importante para os cânceres de bexiga, próstata, intestino e boca.
“Outros problemas frequentemente associados ao tabagismo são as ocorrências de doença coronariana, arterial periférica, e o aumento do risco de infarto. Doenças respiratórias, enfisema e predisposição a infecções de maneira geral também são riscos que os fumantes correm de forma consideravelmente elevada, especialmente quando comparados com indivíduos não fumantes”, explica Arbex.
O pneumologista alerta ainda que, embora os fumantes tenham 20 vezes mais chance de receber um diagnóstico preocupante, os indivíduos que não fumam, mas que convivem com tabagistas, estão frequentemente expostos à fumaça do cigarro, o que também gera um fator de risco aumentado. “Ou seja, abandonar o fumo traz inúmeros benefícios não apenas para quem deixou de fumar, mas para todos que fazem parte do seu convívio.”
Diante desse cenário, o tabagismo é considerado uma doença, portanto, seu tratamento deve ser acompanhado por profissionais especializados. Em determinados casos, a solução psicoterápica pode ainda não ser suficiente, fazendo com que alguns pacientes necessitem do uso de medicação por prescrição.
“A diretriz mais utilizada costuma ser a de terapia de reposição de nicotina, por adesivo transdérmico ou goma de mascar, e o cloridrato de bupropiona”, diz Dr. Flávio.