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23/01/2024 às 11h04min - Atualizada em 23/01/2024 às 11h04min

Vacinas pneumocócicas: entenda a importância dos imunizantes

Especialista explica a diferença entre as vacinas e quem deve tomar

Arquivo/Prefeitura Araraquara
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Caracterizada por uma infecção que atinge um ou os dois pulmões, a pneumonia é uma doença que pode ser causada por microrganismos como bactérias, vírus ou fungos. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. Diante desse cenário, o pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta para a importância das vacinas pneumocócicas.

 

“Atualmente, esses imunizantes não protegem apenas contra a pneumonia, mas também contra infecções do ouvido, sinusite, infecções da corrente sanguínea e meningite. As vacinas Pneumo 13 e Pneumo 15 são as mais utilizadas nas crianças e devem ser tomadas a partir dos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses), além de um reforço entre 12 e 15 meses. Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose for aplicada”, diz Dr. Flávio.
 


Já para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas, que podem aumentar o risco para doença pneumocócica, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda uma dose única de Pneumo 13 ou Pneumo 15, complementada com uma dose de Pneumo 23.

 

‘‘Lembrando que os idosos acima dos 60 anos possuem recomendação de rotina, isso é, esquema sequencial com a Pneumo 13 ou 15 e uma dose de pneumo 23 em intervalos regulares’’, explica o especialista.

 

 


Vacinas pneumocócicas conjugadas

 


Produzidas com sorotipos inativados, as vacinas conjugadas não têm como causar as doenças das quais protegem e possuem alta taxa de proteção. A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos. Já a vacina pneumocócica conjugada 15-valente (VPC15) acrescenta mais dois sorotipos aos 13 já existentes na VPC13.


Em todos os imunizantes existe a contraindicação para crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior. Todos os imunizantes possuem aplicação intramuscular. Caso haja efeitos adversos, a recomendação é procurar atendimento médico o mais rápido possível. Embora exista imunizantes pneumocócicos disponíveis na rede pública, as vacinas VPC13 e VPC15 só podem ser encontradas na rede privada.


Para conferir mais informações sobre os componentes das vacinas, indicações, esquemas de doses e cuidados antes, durante e após a vacinação, acesse o site da SBIm.
 


Quem já teve pneumonia deve tomar a vacina

 


Arbex também reforça que existem diversos sorotipos de pneumococos causadores de doenças pneumocócicas invasivas, portanto, os pacientes que já tiveram a doença, e que por quaisquer motivos não tomaram a vacina na infância, ainda devem ser imunizados.

 

“Outro fator de atenção é que existem vários agentes causadores de meningite e as vacinas pneumo protegem apenas contra a meningite causada pelo pneumococo, enquanto a vacina meningocócica também protege contra os sorogrupos específicos causadores de meningite. Logo, todos devem tomar ambos os imunizantes”, diz Dr. Flávio.

 


Sintomas, tratamento e formas de prevenção

 


Entre os principais sintomas da pneumonia estão:

  • Dor torácica;
  • Tosse seca ou com catarro;
  • Calafrios;
  • Fadiga;
  • Febre alta;
  • Confusão mental;
  • Fraqueza;
  • Mal-estar;
  • Sudorese;
  • Falta de ar;
  • Ritmo cardíaco acelerado.


 

“Ao aparecimento de quaisquer manifestações, procure atendimento médico para a realização de exame clínico, ausculta dos pulmões, radiografias e tomografias do tórax. O tratamento da enfermidade é realizado com antibióticos. Já a internação costuma ser necessária apenas para os pacientes idosos, com doenças crônicas ou consideravelmente debilitados”, explica o pneumologista.
 


Além das vacinações regulares, Dr. Flávio também destaca que não fumar, evitar bebidas alcoólicas e evitar aglomerações, especialmente quando o indivíduo estiver doente ou com o sistema imune fragilizado, são outras formas eficientes de se prevenir contra a pneumonia.


 

  • Especialista em pneumologia, Flavio Ferlin Arbex é médico e doutor pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), instituição na qual também realizou residência em clínica médica e pneumologia.
  • Atualmente, é professor de Pneumologia da UNIARA e Coordenador da Enfermaria Covid da Santa Casa de Araraquara, além de membro das Sociedades Paulista e Brasileira de Pneumologia (SPPT e SBPT) e das Sociedades Americana e Europeia de Pneumologia (ATS e ERS).

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